19/11/2020

Projetos de ferrovias no país vão criar maior competição entre portos, diz secretário

 Projetos de ferrovias no país vão criar maior competição entre portos, diz secretário


Um dos principais programas do governo federal é a reativação do projeto de construção de ferrovias no país, por meio de concessões à iniciativa privada. E de acordo com o secretário Nacional de Transportes Terrestres do Ministério da Infraestrutura, Marcello da Costa Vieira, esse projeto, além de ampliar a estrutura logística no país, irá possibilitar o aumento da competição entre portos no país, bem como entre diferentes operadores do setor de ferrovias.

Vieira afirmou que iniciativas como a construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) vai ampliar a eficiência logística da região do centro-oeste, região mais importante na produção de grãos. Além disso, ao interligar a Fico com a Ferrovia Norte-Sul, irá possibilitar a exportação por diferentes saídas, como é o caso do Porto de Itaqui (MA), Santos e Ilhéus (BA), isto é, o operador poder escolher por onde escoar a produção.

A previsão é que a Norte-Sul esteja operacional a partir de 2021. A ideia é que por meio dessa ferrovia sejam transportadas não apenas commodities, mas também carga geral e carga conteinerizada. As obras da Fico devem começar também próximo ano. A licença de instalação já foi emitida e em dezembro o governo deve assinar o contrário com concessionária.

Ele afirmou que o setor ferroviário no Brasil tem problemas que são históricos, relacionados, entre outras razões, ao sucateamento da rede federal pela falta de investimentos. De acordo com ele, o país investiu ao longo dos anos em rodovias em detrimento das ferrovias e um dos motivos tem sido a dificuldade de recursos públicos, tendo em vista que é montante necessário para construção no setor ferroviário. Ele explicou que um quilômetro de ferrovia custa cerca de oito e dez milhões de reais. Enquanto uma rodovia por volta da metade.

O Ministério da Infraestrutura já investiu, na atual gestão, R$ 27 milhões de reais com ferrovias. Porém, segundo ele, cerca de 40% da malha ainda está sem operação no país. Uma das razões para a ociosidade foi a mudança no perfil de carga, fazendo com que malha existente não atendesse mais a logística de transporte. Por esta razão, o secretário defende que seja repensado o modelo ferroviário no país com base na atual característica da carga, além de passar a priorizar carga geral e contêiner. “Isso entendendo que a ferrovia pode ser uma forte indutora de novos negócios no país”, frisou Vieira.

Fonte: Portos e Navios

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