16/10/2020

Produção de veículo sustentável no País é liderada por fabricantes de caminhões

 Produção de veículo sustentável no País é liderada por fabricantes de caminhões


Volkswagen Caminhões começará a produzir em março de 2021 o caminhão elétrico e-Delivery; já a FNM promete para novembro o início da fabricação de seu veículo elétrico, enquanto a Scania aposta em caminhões a gás

Fabricantes de caminhões estão liderando o processo de produção de veículos mais sustentáveis no Brasil, seja com modelos elétricos ou movidos a gás natural (GNV) ou biometano, obtido da degradação de produtos orgânicos. Após dois anos de testes, a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) iniciará em março de 2021, na fábrica de Resende (RJ), a produção em série dos primeiros 100 caminhões elétricos e-Delivery, desenvolvido no País.

A Fábrica Nacional de Mobilidades (FNM) promete para novembro o início da produção de caminhões elétricos em Caxias do Sul (RS) e a entrega das quatro primeiras unidades no mês seguinte. A Scania optou pelo GNV ou biometano como solução mais viável para o momento.

Segundo o presidente da VWCO, Roberto Cortes, as instalações que vão abrigar a linha final dos veículos elétricos está em fase de conclusão. Por enquanto, modelos para testes foram feitos numa fábrica piloto. Seguindo o modelo de consórcio modular, adotado para a produção de caminhões e ônibus a diesel, o complexo carioca terá oito fornecedoras de componentes, entre eles a fabricante de motores elétricos Weg, a Moura e a CATL, que farão adaptações em baterias importadas e a Bosch, que já está no local.

Por enquanto, a VWCO tem como clientes a Ambev e seus distribuidores, que têm intenção de adquirir 1,6 mil caminhões até 2023. Segundo Cortes, a companhia de bebidas efetivou o pedido das 100 primeiras unidades e confirmou a intenção de compra dos demais.

“As entregas ocorrerão a partir de junho”, diz Cortes. Segundo ele, a pandemia do coronavírus atrasou os planos da marca que, futuramente, espera exportar os modelos para América do Sul, México e África do Sul.

O e-Delivery será usado inicialmente em entregas em São Paulo e Rio de Janeiro, onde a Ambev está instalando usinas próprias de energia solar para recarregar as baterias, cuja autonomia é de 200 quilômetros com carga completa. Cálculos da empresa indicam que o uso dos 100 caminhões vai evitar a emissão de cerca de 1,54 mil toneladas de CO² na atmosfera e 583 mil litros de diesel deixarão de ser utilizados.

Cortes não revela o preço de cada caminhão, mas informa que, diante do custo da bateria, que é importada, deve ser entre 2 a 2,8 vezes mais caro que a versão diesel, que custa R$ 230 mil.

“Testes feitos pela Ambev mostram que o custo operacional do e-Delivery é 60% a 70% inferior ao do modelo a diesel, então o investimento se paga mais rápido”, afirma Cortes. O executivo segue discutindo com o governo a redução de impostos para incentivar o uso desse tipo de veículo, a exemplo do que ocorre na Europa.

Em nota, o vice-presidente de Sustentabilidade e Suprimentos da Ambev, Rodrigo Figueiredo, diz que “a parceria (com a VWCO) é um marco histórico e o acordo é um dos maiores do mundo, com inovação sendo desenvolvida no Brasil”. Acrescenta que a empresa está aberta a compartilhar a tecnologia e os aprendizados com outras empresas que tiverem interesse em ter uma frota de caminhões mais sustentável.

Fenemê

No caso da FNM, ou Fenemê, como é conhecida a sigla da empresa que atuou no Brasil por quatro décadas e foi adquirida por empresários locais, a produção dos caminhões elétricos será nas instalações da gaúcha Agrale.

O projeto é liderado pelos empresários José Antônio e Alberto Martins, filhos de José Antonio Fernandes Martins, ex-executivo da Marcopolo e um dos acionistas da empresa. Boa parte dos componentes, como bateria, motor e sistema digital será importada dos EUA.

A Scania, por sua vez, vendeu até agora 50 unidades do caminhão a GNV/biometano que, dependendo da quantidade de metano na mistura pode ser até 90% menos poluente que o movido a diesel. Antes da pandemia a intenção era vender 100 unidades neste ano.

Fonte: O Estado de São Paulo

Notícias Relacionadas
 Lucro da Wilson Sons cresce 51% em 2022 para R$ 339 milhões. Receita de R$ 2,3 bilhões fica 6% acima de 2021

24/03/2023

Lucro da Wilson Sons cresce 51% em 2022 para R$ 339 milhões. Receita de R$ 2,3 bilhões fica 6% acima de 2021

A Wilson Sons, líder em logística portuária e marítima no Brasil, registrou lucro líquido de R$ 113 milhões no quarto trimestre de 2022 (4T22), 169% superior ao mesmo período de 2021. No (...)

Leia mais
 Investimento em transportes aumenta competitividade da economia e promove integração, diz Renan

23/03/2023

Investimento em transportes aumenta competitividade da economia e promove integração, diz Renan

Recuperar o investimento no setor de transportes rodoviário e ferroviário vai aumentar a competitividade econômica do Brasil, diminuir distâncias e reduzir desigualdades, disse nesta ter (...)

Leia mais
 Santos Brasil reporta lucro líquido de R$ 430 milhões em 2022

23/03/2023

Santos Brasil reporta lucro líquido de R$ 430 milhões em 2022

A Santos Brasil encerrou o ano de 2022 com um lucro líquido de R$ 430 milhões, o que representa um aumento de 67,5% se comparado a 2021. A margem líquida ficou em 22,2%.O fatu (...)

Leia mais

© 2023 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.