Após a chegada de um novo lote da vacina chinesa CoronaVac a São Paulo, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que até 15 de dezembro pretende enviar a documentação final dos testes sobre o produto para análise da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O imunizante é desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o órgão ligado ao governo paulista, que quer iniciar a vacinação no estado em janeiro, se ela for aprovada.
A análise dos documentos, que inclui toda a fase de testagem, é o que vai embasar a agência reguladora a dar o aval ou não para que a vacina seja aplicada no Brasil. Segundo o governador paulista, João Doria (PSDB), uma proposta estadual de imunização será apresentada na próxima segunda-feira (7):
— Vamos apresentar de forma precisa, com cronograma, setores, volume de vacinas, regiões, áreas, logística e todo o processo. Já temos esse plano pronto há pouco mais de 20 dias.
Doria criticou o plano preliminar de imunização apresentado na última quarta-feira (2) pelo Ministério da Saúde, que sinaliza o início da vacinação no país para março.
— Eu indago se os membros do governo federal não enxergam e não registram o fato de que temos mais de 500 brasileiros que morrem todos os dias de Covid-19. Por que iniciar uma imunização em março, se podemos fazer isso já em janeiro? — questionou o governador. — Em São Paulo, de forma responsável, seguindo a lei, cumprindo o protocolo com a Anvisa, nós vamos iniciar a imunização em janeiro.
Na madrugada desta quinta-feira (3), chegou ao Aeroporto Internacional de Guarulhos a segunda leva de insumos para a produção da CoronaVac. Foram recebidos 600 litros da substância, capazes de gerar 1 milhão de doses. O contêiner com o material foi coberto com uma faixa com a inscrição: “A vacina do Brasil”.
Em 19 de novembro, chegaram as primeiras 120 mil doses. A expectativa do governo de São Paulo é ter 46 milhões de doses prontas da vacina até meados de janeiro — o número equivale ao tamanho da população do estado; cada pessoa, porém, deve receber duas doses do imunizante.
O governo de São Paulo ainda aguarda uma sinalização do governo federal em relação à verba destinada à CoronaVac, além de uma possível inclusão do imunizante no Plano Nacional de Imunização (PNI). Segundo Doria, São Paulo fará a imunização caso fique de fora dos planos do Ministério da Saúde:
— Se o governo federal incluir São Paulo e a compra da vacina (CoronaVac), como é o seu dever e a sua obrigação, nós seguiremos com o PNI. Se não o fizer, São Paulo começa a vacinar a partir de janeiro a totalidade da população, com recursos do governo do estado e com a sua capacidade de imunização, amparada no Instituto Butantan.
Fonte: Valor Econômico
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