Investimentos mais fortes, este ano, em tecnologia e inovação são ações adotadas pelas empresas que operam no setor logístico brasileiro visando reduzir custos, garantir mais agilidade e confiabilidade às operações, em um cenário ainda tumultuado por dificuldades econômicas e pela crise sanitária.
“O impacto econômico e social estrondoso do coronavírus não apenas fez com que o Brasil acendesse o alerta vermelho, mas também com que as empresas que aqui atuam percebessem o quanto foi importante, até então, e agora mais do que nunca, investimentos reais em digitalização e transformação digital”, diz Ronaldo Fernandes da Silva, presidente da subsidiária brasileira da operadora francesa FM Logistics. Hoje, a empresa investe em frota de veículos ecológicos (elétricos, híbridos, gás ou hidrogênio) e na ampliação dos centros de distribuição.
O mercado brasileiro de operadores de logística e supply chain apresenta há um bom tempo uma participação significativa na economia, segundo Marcella Cunha, diretora executiva da Associação Brasileira de Logística (Abol). São pelo menos 275 empresas, grandes e pequenas, que, até o cenário pré-pandemia, registraram receita operacional bruta de R$ 100,8 bilhões. “A pandemia trouxe muitos desafios e a maioria dos operadores logísticos precisou se adequar a esse novo momento e sentiu os impactos gerados pela queda na produção de alguns segmentos.”
No ano passado, informa Francisco Pelucio, presidente da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), o setor de transportes registrou queda de quase 45% na movimentação de cargas no país. O mercado automobilístico foi um dos que mais sofreu com as dificuldades globais de suprimentos de insumos, peças e semicondutores. “Mas este ano estamos vendo melhora no cenário”, diz.
De acordo com o relatório Índice da Movimentação de Cargas do Brasil, divulgado pela seguradora AT&M, no primeiro quadrimestre de 2021 foram registrados R$ 2,9 trilhões em movimentação de cargas no país, envolvendo mais de 25 mil empresas, entre transportadoras, operadores logísticos e embarcadores, de vários modais. É um aumento de 39% sobre os R$ 2,1 trilhões contabilizados no mesmo período do ano passado.
A maior contribuição a essa expansão vem do e-commerce. No caso da americana FedEx, que tem grande atuação no comércio eletrônico, o aumento da demanda nessa área, levou a subsidiária brasileira a programar novos investimentos na modernização da infraestrutura de atendimento, relata Luiz Roberto Vasconcelos, vice-presidente de operações.
A FedEx já inaugurou um centro logístico em Cajamar (SP), com 50 mil m2, seis centros de logística em outras regiões do país e aumentou de quatro para seis a frequência de voos semanais entre o hub da empresa em Menphis (EUA) e o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).\
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Fonte: Valor Econômico
29/11/2024
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