A Brado, em parceria com o Porto Seco de Cuiabá, desenvolveu uma nova solução para o transporte de cargas focada nos clientes do agronegócio e da indústria mato-grossense. A empresa viabilizou a permissão junto à Receita Federal para operar as mercadorias no regime de Declaração de Trânsito Aduaneiro (DTA) multimodal. É a primeira iniciativa no país utilizando a multimodalidade com a ferrovia neste regime. A empresa passou a nacionalizar as cargas na capital mato-grossense, gerando ganho de produtividade no processo de desembaraço das mercadorias.
As cargas importadas por contêineres que chegam por navio até a Baixada Santista percorrem mais de 1.600 quilômetros por ferrovia até Rondonópolis (MT) e de lá são levadas por caminhões até Cuiabá.
Um dos principais produtos que estão sendo importados por meio da solução DTA são pneus de carros de passeio, caminhões e máquinas agrícolas com origem na China, Vietnã e Tailândia. Cada contêiner de 40 pés tem capacidade para transportar 1.700 pneus de carros de passeio, volume suficiente para equipar 425 automóveis. Já para pneus de grande dimensão como os utilizados em caminhões e máquinas agrícolas, o volume corresponde a uma média de 270 pneus, proporcional a 45 caminhões e 130 pneus equivalente a 30 tratores.
Além do transporte de pneus, empresas que trabalham com importação de peças de tratores, placas solares, maquinários agrícolas, defensivos agrícolas e fertilizantes iniciaram os primeiros testes utilizando a solução DTA.
Maior terminal de contêineres de Mato Grosso, o Porto Seco de Cuiabá conta com uma área de 39 mil m², sendo 11 mil m² de área coberta destinada à armazenagem e inspeção. O local conta com balanças de alta precisão para produtos de maior valor agregado, balança eletrônica para caminhões, empilhadeiras modernas para movimentação e armazenagem, além do escritório da Receita Federal integrado as instalações.
Conforme o diretor do Porto Seco de Cuiabá, Francisco Almeida, o multimodal aduaneiro com a participação das ferrovias é uma solução que contribui diretamente para potencializar ainda mais as operações de importação e exportação. "Toda iniciativa que contribua para otimizar a logística dos importadores e exportadores do Mato Grosso é bem-vinda", afirma. "A ferrovia é um modal moderno, eficiente e que quando colocamos na ponta do lápis contribui de forma significativa para a redução no custo de transporte da carga".
Segundo o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira, o regime DTA e a logística multimodal, com trens percorrendo a maior parte do trajeto, poderá trazer ganhos de competividade, segurança da carga e previsibilidade para a indústria. "É uma opção a mais tanto para quem receba insumos e matéria-prima de fora quanto no momento de enviar a produção industrial para outros mercados. Além da segurança, o regime trará mais agilidade ao processo, o que melhora a produtividade e reduz custos", afirma.
Fonte: Portos e Navios
27/11/2024
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