O ditado “lugar de mulher é onde ela quiser” ilustra bem o ambiente de trabalho do Centro de Distribuição (CD) da Amazon no Rio Grande do Sul.
Da guarita da entrada do local à operação de empilhadeiras, elas são a maioria. Inclusive, o comando é feminino. Aos 32 anos, Ana Laura Bueno é responsável por toda a operação. Percorrendo boa parte dos 41 mil metros quadrados do espaço com agilidade, ela conversa, sorri e distribui orientações entre um sem-fim de produtos e prateleiras.
O passo rápido tem motivo: atualmente, cerca de 400 pessoas estão sob seu comando em uma operação que funciona 24h por dia. Já em épocas como a Black Friday, mais de 900 funcionários, diretos e indiretos, trabalham para receber, organizar e distribuir pedidos.
O fato de o setor logístico ainda ser visto como um ambiente majoritariamente masculino não se deve à falta de qualificação das mulheres. É a cultura corporativa que decide se elas são atraídas para a área. E o setor ainda carece de modelos.
Essas são as conclusões de uma pesquisa realizada em 2019 pela Associação Federal de Logística (uma organização alemã sem fins lucrativos).
No Brasil, a participação feminina no mercado de trabalho geral foi de 45,8% no terceiro trimestre de 2020, o nível mais baixo desde 1990, segundo os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Com objetivo de corrigir esse tipo de diferença social, a Amazon, que tem em seu DNA a diversidade, a equidade e a inclusão, oferece as mesmas oportunidades para todos os seus associados. Na Amazon Varejo, por exemplo, 46,5% das mulheres estão em posições de liderança.
E engana-se quem pensa que a pluralidade responde somente a uma questão de justiça social. De acordo com dados publicados em 2018 pela consultoria McKinsey, a inclusão e a diversidade são uma fonte de vantagem competitiva e, mais especificamente, uma alavanca essencial no crescimento das empresas.
Bem-estar, união e produtividade
Se lideranças femininas não são comuns na área logística, a liberdade para mostrar a própria identidade também não costuma figurar no cotidiano dos centros de distribuição.
Nesse aspecto, o centro de distribuição de Nova Santa Rita, distante 27 quilômetros de Porto Alegre, também é um ponto fora da curva. Cabelos, roupas e corpos de diversos estilos caminham pelos corredores com desenvoltura e confiança.
“Eu sempre pude, aqui na Amazon, ser quem eu sou. Trabalhar com essa liberdade é o que me permite entregar bons resultados”, afirma Bueno. Essa segurança para se expressar reflete no bom ambiente de trabalho e na conexão da equipe.
Aliás, conexão é o que não falta. Carolina Azevedo Nunes e Pamela Yasmin Nunes que o digam. Mãe e filha dividem o dia a dia no trabalho, o que proporciona mais momentos de contato em meio à rotina.
Carolina nunca havia atuado na logística. Estava em busca de recolocação profissional quando a curiosidade a fez se candidatar para a vaga. Hoje, ela é assistente de operação e frequenta um curso de tecnologia na área para se aprimorar.
“Eu me sinto muito à vontade aqui, em qualquer setor você vai encontrar outra mulher trabalhando. Não há diferença de gênero, de cor, de nada. O diferencial é o potencial de cada um”, afirma a profissional.
Para Pamela, que ingressou na Amazon há apenas cinco meses e ocupa o cargo de auxiliar de logística, estar ao lado de Carolina e de outras mulheres é fonte de motivação.
“É muito bom trabalhar aqui, especialmente por conviver com minha mãe. Assim, conseguimos nos ver bem mais do que se trabalhássemos em lugares diferentes”, pontua a jovem. “Além disso, ver que este é o primeiro trabalho de logística dela, que ela cresceu e está estudando, me inspira muito”, comenta.
Rayssa da Costa, associada logística, também encontrou na Amazon um ambiente de possibilidades e crescimento pessoal. “Eu achava que logística não era para mim. Mas me surpreendi e estou muito feliz. Além disso, eu, como mulher negra, consigo mostrar minha representatividade”, conta.
“O fato de ser mulher não pode ser uma barreira para qualquer posto. Não deve ser esse o motivo para uma promoção ou não. O trabalho entregue, sim”, reitera Bueno. “Como diz o lema da Amazon, o importante é trabalhar duro, divertir-se e fazer história”, finaliza a líder.
Fonte: Marie Claire