O Goldman Sachs afirmou, em relatório, que a Magazine Luiza, após as recentes aquisições — foram mais de 20 empresas compradas nos últimos dois anos — está formando um ecossistema digital em torno da marca.
Dentre as empresas adquiridas nos últimos dois anos, por um total estimado de mais de R$ 1 bilhão, há representantes de uma série de diferentes segmentos em comércio eletrônico, logística, fintech, anúncios digitais, criação de conteúdo e entrega de alimentos.
“Embora possa ser muito cedo para avaliar totalmente o sucesso potencial desta estratégia, acreditamos que seja consistente com a ambição da empresa de construir um ecossistema digital mais completo para seus vendedores e usuários”, diz o relatório.
O Goldman reiterou a recomendação de compra da ação e o preço-alvo em R$ 25, à medida que a Magalu fortalece gradualmente sua presença em categorias não essenciais e impulsiona tendências positivas no crescimento e envolvimento do usuário, experiência de realização e serviços de valor agregado para seus vendedores.
A queda de 18% acumulada no ano contra uma alta de 8% do índice Bovespa criou um ponto de entrada atraente, na opinião do banco, lembrando que a empresa tem um histórico de crescente participação de mercado e de adoção de iniciativas digitais.
“Misturar crescimento orgânico e inorgânico não é novidade para Magalu. Os investidores que olharam para a empresa nos anos mais recentes muitas vezes sentem que ela mudou de um crescimento orgânico para um crescimento liderado por fusões e aquisições.
No entanto, podemos argumentar que a companhia, na verdade, tem ampla experiência na aquisição e integração, uma vez que adquiriu uma série de varejistas com base em lojas regionais no Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil entre 2003 e 2005 e em 2010/2011”, diz o banco.
O relatório destaca também que o crescimento liderado por fusões e aquisições superestima a contribuição dos negócios recentes para o crescimento geral: enquanto as aquisições maiores (por exemplo, Netshoes e AiQFome) sem dúvida contribuíram tanto para o crescimento geral do GMV (vendas brutas) quanto para o crescimento incremental do GMV, a Magalu continua apresentando um crescimento orgânico substancial.
“Por exemplo, no terceiro trimestre de 2020 — um período em que a Netshoes (adquirida em junho de 2019) já estava totalmente incluída na base de comparação e a AiQFome provavelmente contribuiu apenas marginalmente (encerrada em 3 de setembro de 2020) —, a Magalu registrou crescimento total de 148% das vendas brutas no comparativo anual (sendo alta de 81% para on-line mais a receita bruta das lojas físicas). Excluindo a AiQFome, estimamos que o crescimento do GMV teria sido de 147%”, diz o relatório.\
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Fonte: Valor Econômico
29/11/2024
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