17/12/2020

Maersk prevê crescimento de 3,5% nas exportações em 2021

 Maersk prevê crescimento de 3,5% nas exportações em 2021


A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) impactou negativamente toda cadeia logística da Maersk em escala global. No entanto, com os sinais de recuperação da economia que vêm ocorrendo no final de 2020, a companhia já prevê um crescimento de 3,5% nas exportações e de 7% nas importações no próximo ano. A exportação de cargas refrigeradas vem apresentando uma evolução de crescimento mais rápida, especialmente por estarem diretamente ligadas ao aumento do consumo. As informações foram dadas durante Webinar sobre o balanço da Maersk.

De acordo com a empresa, o crescimento das exportações apresentado, sobretudo, a partir do segundo quadrimestre do ano se deu também em razão de alguns fatores como: a guerra comercial entre China e Estados Unidos que teve impacto positivo sobre o Brasil; a desvalorização do real frente ao dólar e a seca nos Estados Unidos que favoreceu produtos brasileiros como soja, milho e o suco de laranja.

Entre os principais produtos refrigerados de maior destaque ao longo do ano está a proteína animal, especialmente a carne suína. Esta cresceu 63% em relação a 2019. A comercialização deste produto para a China, em razão da febre suína, aumentou 120%. As exportações de frutas também apresentaram bons resultados em 2020, com um crescimento de 15%. Segundo a Maersk a perspectiva para esses produtos também é positiva para o próximo ano.

Já entre as cargas secas a madeira foi um dos destaques, com uma venda significativa para o mercado americano e da Ásia, especialmente no quarto trimestre do ano. A cadeia alimentícia de forma geral também apresentou resultados positivos, tendo em vista que a cadeia não parou ao redor do mundo. O café também teve um aumento elevado na exportação em torno de 10%, com destaque para o mês de novembro.

O cenário da importação foi negativo para grande parte das cargas movimentadas. Mas de acordo com a empresa, os navios já começam a navegar mais cheios de todas as origens como Ásia, Europa e América. “A importação foi nossa grande preocupação ao longo de 2020. Tanto cargas secas quanto refrigeradas foram afetadas”, ressaltou o diretor executivo comercial da Maersk, José Roberto Salgado.

Na cabotagem o impacto também foi negativo, mas para alguns bens como alimentos e produtos de limpeza houve um balanceamento do serviço. O que ajudou o seguimento, segundo Salgado, foi a alavancagem na economia proporcionada pelo auxílio emergencial.

Embora a empresa apoie o Projeto de Lei (PL 4199/2020), BR do Mar, aprovado na última semana pelo Congresso Nacional, ela destaca que alguns pontos importantes não foram abordados de forma satisfatória pelo PL, como é o caso da redução de custos e da burocracia. “Batemos muito na tecla junto com o governo sobre a redução de custos para que a cabotagem seja mais competitiva”, disse Salgado. Ele destacou que o que torna o serviço caro no Brasil é a tripulação “mais cara do mundo” e a burocracia “que é um câncer” difícil de solucionar''. A praticagem também foi apontada como outro fator responsável pela elevação dos custos da cabotagem.

Notícias Relacionadas
 Logística da saúde é um dos motores de crescimento da DHL Supply Chain

08/07/2025

Logística da saúde é um dos motores de crescimento da DHL Supply Chain

O aumento da longevidade e a multiplicação das especialidades farmacêuticas estão a moldar o desenvolvimento da logística e da distribuição, fazendo com que a saúde seja um dos motores d (...)

Leia mais
 O plano da Brado Logística para avançar na rota dos insumos (e “inaugurar” o Maranhão)

07/07/2025

O plano da Brado Logística para avançar na rota dos insumos (e “inaugurar” o Maranhão)

Em entrevista exclusiva ao AgFeed, o CEO da Brado, Luciano Johnsson, diz que a empresa poderá chegar a 50% de market share na logística que leva defensivos agrícolas do Sudeste para (...)

Leia mais
 Brasil explora metade das vias navegáveis com potenciais de transporte de cargas e passageiros

04/07/2025

Brasil explora metade das vias navegáveis com potenciais de transporte de cargas e passageiros

O país explora 48% da malha hidroviária economicamente navegável. Atualmente existem 41,7 mil quilômetros de vias navegáveis e 20,1 mil quilômetros são utilizados para transporte de carg (...)

Leia mais

© 2025 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.