A JSL apresentou lucro líquido de R$ 30,5 milhões no quarto trimestre de 2020. Isso representou uma alta de 106,1% no comparativo com o mesmo período de 2019. No ano, a empresa lucrou R$ 41 milhões, um aumento de 45,1% em relação a 2019. Os dados foram divulgados agora há pouco pela companhia.
A receita líquida da JSL chegou a R$ 818,2 milhões no último trimestre do ano, uma alta de 4,5% em relação ao quarto trimestre de 2019. Em todo ano passado, a companhia faturou R$ 2,82 bilhões, o que representou queda de 8,9% no comparativo com 2019.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou estável no quarto trimestre no comparativo com o mesmo período de 2019. O Ebitda no último trimestre de 2020 foi de R$ 121,1 milhões, ante R$ 121,5 milhões de 2019. Quando se observa todo o ano de 2020, o indicador caiu 16%, para R$ 431,5 milhões.
O diretor presidente da JSL e da família controladora, Fernando Simões, disse que o bom desempenho da companhia no último trimestre se deve, principalmente, à diversificação da carteira de clientes. A empresa presta serviços para setores como papel e celulose, mineração, agronegócio e automobilístico.
“Temos uma receita bem diversificada em alguns setores; commodities, por exemplo, está muito forte. São segmentos que estão andando bem e não pararam. Temos contratos longos, de cinco anos”, disse Simões, ao Valor.
No ano passado, a companhia concluiu a sua reestruturação societária que criou a JSL como empresa deixando de ser holding. Além disso, ao final do ano, ela abriu o capital e conseguiu R$ 694 milhões.
“Em 2020, com a abertura de capital, conseguimos pagar as dívidas mais caras e diminuímos o endividamento líquido. Temos uma meta de ter uma alavancagem de 3 vezes, mesmo com o objetivo de crescimento orgânico e inorgânico da companhia”, disse Simões. No ano passado, a dívida líquida da JSL fechou em R$ 1,6 bilhão, 47,4% inferior a 2019.
Para este ano, o executivo disse que a JSL deve manter a sua política de aquisições estratégicas. No início de 2021, a companhia já comprou mais duas empresas - a TCP, especializada em logística do setor de saúde, e a Transportadora Rodomeu, que movimenta máquinas agrícolas e de construção civil e gases. “Eram setores em que já estávamos, mas a nossa participação era pequena. São compras estratégicas.”
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