A indústria digital não seria nada sem o mundo virtual, e uma prova disso é que o comércio virtual só se desenvolveu depois que a internet comercial se tornou acessível, a partir de 1991. A jornada, desde então, foi cercada por constantes progressos tecnológicos, que têm permitido ao e-commerce alavancar suas vendas a um ritmo intenso.
Esse desenvolvimento, contudo, tornou compulsório melhorar a experiência de compra do consumidor, o que inclui simplificar o processo de compra e reduzir os prazos de entrega. E para isso, muitos investimentos têm sido feitos, tanto por parte de varejistas quanto empresas de logística, para aprimorar a sistemática de compras e o processo de entregas. Entre as novas tecnologias que vêm chamando a atenção do consumidor e que tendem a se tornar imperativas no comércio virtual, estão os drones.
Em muitas situações, ainda hoje, receber produtos entregues por drone pode parecer um tanto utópico. Mas gigantes da tecnologia estão avançando para tornar o uso desses equipamentos parte fundamental da logística do e-commerce em um futuro não muito distante, como se vê, por exemplo, no Vale do Silício, nos Estados Unidos.
Um UAV (veículo aéreo não tripulado), controlado a distância, permite realizar a entrega de pequenos pacotes na chamada última milha. Ou seja, depois do varejista – ou mesmo a empresa de logística – receber o pedido, o item segue para um centro de distribuição onde é embalado adequadamente e despachado para o destino final por meio de um drone.
Para os comerciantes online, a utilização de UAV vai agilizar a entrega de encomendas até a porta do consumidor. A Amazon trabalha há mais de uma década para tornar realidade o que para muitos não passa de ficção científica. Por meio do projeto Amazon Prime Air, a gigante de comércio eletrônico deve iniciar, ainda este ano, em Lockeford, Califórnia (EUA), a entrega de pacotes em menos de meia hora usando drones.
Populações rurais em áreas de difícil acesso já vêm se beneficiando muito das entregas realizadas por esses equipamentos. Os drones têm sido empregados, por exemplo, para levar suprimentos essenciais, como remédios, para indivíduos que necessitam deles urgentemente.
Por enquanto, os drones são movidos a baterias Li-Po, mas pesquisas estão sendo realizadas para empregar células de hidrogênio, tornando esses dispositivos mais sustentáveis, o que é ainda melhor para o meio ambiente.
As limitações de peso do que pode ser transportado e a restrição de área de cobertura são hoje as principais fraquezas dessa alternativa logística. Mas não se pode negar que os drones podem levar o serviço de entregas rápidas a um novo patamar de qualidade e eficiência, e que pode ser operado pelos próprios vendedores, que não dependerão mais de transportadoras terceirizadas, trazendo melhorias significativas na experiência de compra do consumidor e contribuindo para ampliar o e-commerce.
Fonte: Mudo Logística