A Log Commercial Properties, empresa de galpões logísticos que tem como sócios a família Menin, a gestora Starwood e um fundo gerido pelo Bradesco, bateu o martelo e decidiu acelerar a venda de ativos. O objetivo é levantar em torno de R$ 500 milhões por ano com a alienação de galpões que já estão em operação. Os recursos servirão para reforçar o caixa e dar vazão à construção de mais empreendimentos do mesmo tipo. A companhia tem visto uma demanda crescente por imóveis que sirvam como centros de estocagem e distribuição de mercadorias por todo o País com a explosão do comércio eletrônico.
A Log já acertou na segunda-feira, 31, a venda de um galpão de 77 mil m² situado na cidade de Extrema (MG) por R$ 272,7 milhões. O local abriga as operações da varejista Dafiti. Atualmente, 57 mil m² do empreendimento já estão em funcionamento, enquanto outros 20 mil m² estão em obras e serão entregues em setembro. O comprador foi o Fundo de Investimento Imobiliário BM II, da BlueMacaw, gestora do executivo Marcelo Fedak (ex-Blackstone).
O acordo prevê o pagamento à Log de R$ 191,3 milhões agora e R$ 81,4 milhões em outubro, após a conclusão das obras. O resultado representa uma margem bruta de 44% sobre o montante investido pela companhia.
Estratégia visa a reforçar a liquidez da empresa
A reciclagem do portfólio de galpões já vinha sendo adotada pela Log, mas a aceleração dessa estratégia ajudará a reforçar a liquidez após uma tentativa frustrada de emissão subsequente de ações em Bolsa (follow-on) no primeiro trimestre. Na ocasião, investidores pediram descontos acima de 10% em relação ao valor das ações, o que foi refutado pela administração da empresa, segundo o CEO, Sergio Fischer.
A partir daí, a companhia fez uma emissão de debêntures de R$ 250 milhões, com prazo de cinco anos e taxa de remuneração anual de CDI mais 2%. Isso, somado à reciclagem de ativos, vai abastecer os planos de crescimento do grupo.
Diante da procura elevada por galpões, a Log decidiu, em abril, ampliar em 50% o seu plano de investimentos em 2021, chegando a R$ 750 milhões. Ao todo, os aportes vão atingir R$ 2,25 bilhões até 2024, ampliando o portfólio em 1,4 milhão de metros quadrados.
A Log trabalha principalmente com galpões modulares em capitais e cidades no interior do País, fora da região metropolitana de São Paulo, onde cada terreno é altamente disputado pelas grandes empresas do setor. Com isso, tem atendido uma demanda de regiões onde, historicamente, tinha pouca oferta de imóveis logísticos de qualidade.\
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Fonte: Estadão
29/11/2024
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