O diretor do Departamento de Promoção de Energia, Recursos Minerais e Infraestrutura do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Alex Giacomelli da Silva, disse ontem que “não há impeditivos absolutos no comércio de fertilizantes da Rússia para o Brasil”. O Itamaraty tem monitorado a situação no Leste Europeu em contato com a embaixada brasileira em Moscou.
As informações repassadas à diplomacia em Brasília são de que os empresários russos tentam driblar as travas financeiras e logísticas, causadas pela guerra, para continuar exportando adubos ao Brasil. Entre as iniciativas estão o uso de bancos e traders de outros países que não sancionaram a Rússia para fechar negócios e a aceitação pagamento em outras moedas, inclusive o real. Segundo relatos, haveria disponibilidade, embora menor, para a contratação de frete e seguro para os carregamentos por terminais da Rússia, como o de São Petersburgo.
“É uma situação que pode mudar a qualquer momento", ressaltou o diplomata em audiência pública na Comissão de Agricultura do Senado.
Silva lembrou que a União Europeia aplicou sanções pessoais a alguns empresários russos do setor mineral, como os presidentes das companhias de fertilizantes Uralkali e PhosAgro, duas grandes fornecedoras do Brasil. O impacto das medidas ainda está sendo avaliado.
O Itamaraty analisa, também, o regime de embargos à Rússia. “São sanções unilaterais, que não foram aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU nem são reconhecidas pelo Brasil. Mas o fato é que causam impacto, tanto as sanções quanto os efeitos secundários”, afirmou.
No primeiro bimestre de 2022, o Brasil importou US$ 2,8 bilhões em fertilizantes. No sábado, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, embarcará para o Canadá para conversar com produtores de potássio.
Fonte: Valor Econômico
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