Três players do setor aquaviário e uma integradora de tecnologia pretendem fomentar e trocar conhecimentos em busca de alternativas para enfrentar os desafios do setor através de um hub específico dentro da plataforma do Cubo Itaú, que reúne startups e iniciativas de inovação de diferentes segmentos. O grupo é liderado por Wilson Sons, Hidrovias do Brasil e Porto do Açu, com apoio tecnológico da Radix.
O hub de inovação Maritime & Port pretende atrair empresas para inovar, colaborar e fazer negócios com startups, além da aproximação com universidades e centros de pesquisa voltados para necessidades do setor, trazendo novas tecnologias para operações marítimas. O lançamento ocorreu nesta terça-feira (12), durante evento sobre oportunidades para os setores portuário, marítimo e fluvial, promovido pelo Cubo, em São Paulo.
Na ocasião, o CEO da Wilson Sons, Fernando Salek, destacou que o hub busca estimular e começar a criar um ambiente para levar o segmento aquaviário para outro patamar. Ele acrescentou que o setor aquaviário vive um momento de uma transformação digital em larga escala, investimentos privados relevantes e avanços regulatórios, com desafios para gerar inovação por meio de atividades mais sustentáveis e seguras.
O CEO da Prumo Logística, José Firmo, acredita que, para os portos brasileiros serem capazes de absorver o crescimento esperado para economia brasileira, é necessário engajamento em tecnologia e inovação, o que demanda troca de conhecimentos. "Temos grande capacidade de inovação no Brasil, mas não vivemos isolados", afirmou durante o evento.
O CEO da Hidrovias do Brasil, Fábio Schettino, disse que o destaque que o país tem na exportação de commodities reforça a necessidade de diversificar a matriz de transportes do país, em grande parte incentivando a navegação interior e a cabotagem. Ele também citou iniciativas e parcerias para redução de emissões no transporte marítimo e fluvial.
O CEO da Radix, João Chachamovitz, observa que o setor historicamente tem desafios de aumentar eficiência por meio de redução de custos e tornar mais ágil e reduzir a indisponibilidade de equipamentos. O executivo ressaltou que o hub reunirá nomes da indústria, entre corporações e startups, para apresentar soluções às dificuldades de um dos maiores ecossistemas da economia nacional.
O segmento das 'shiptechs' conta com mais de 500 startups desenvolvedoras de soluções de eficiência tecnológica ao redor do mundo, segundo mapeamento realizado pela Wilson Sons e informações de programas globais de inovação no setor. No Brasil, esse mapeamento mostra em torno de 15 startups atuando diretamente no setor, um número considerado ainda baixo perto do potencial de mercado e dos desafios apresentados pelo segmento.
"Para que a América Latina possa aplicar e gerar tecnologia no setor marítimo e portuário, precisamos das startups estrangeiras trabalhando aqui e compartilhando suas experiências, assim como as locais se desenvolvendo e escalando para absorver as demandas”, disse o CEO do Cubo Itaú, Paulo Costa.
Fonte: Portos e Navios