A Hidrovias do Brasil acredita em oportunidades de crescimento dos corredores hidroviários nas regiões Sul e Norte, com a consolidação de mercado da primeira e o forte desenvolvimento da área de influência da companhia na segunda. A diversificação de rotas e cargas, com a exposição a produtos estruturalmente fortes no Brasil e com grandes perspectivas de crescimento estão entre as apostas da companhia para os próximos anos, com contratos de longo prazo com clientes de grande porte. Entre outras frentes no radar da companhia estão a cabotagem, com potencial incremento na movimentação de produtos e desenvolvimento de novos projetos. Com a movimentação de sal em Santos, a Hidrovias aposta no volume adicional e diversificação de rotas com presença no maior porto da América Latina.
Os objetivos foram anunciados, na última quinta-feira (22), durante evento com investidores para a apresentação guidance para os anos de 2021 e 2025. Na ocasião, o CEO da Hidrovias do Brasil, Fabio Schettino, identificou o corredor de exportação de grãos produzidos no Mato Grosso como principal via de crescimento e potencial para grandes mercados, como Ásia e Oriente Médio. A expectativa é que a produção do estado alcance 94 milhões de toneladas em 2025, ante os 70 milhões/t na safra 2019/2020. Quanto mais ao norte do estado, aumenta a tendência de escoamento das cargas pelo Arco Norte.
Como o consumo interno é baixo, o crescimento da produção tende a ser voltado para exportação. A empresa observa que a fronteira agrícola cresce do meio para o norte do estado, o que favorece os negócios da empresa neste trade. Além do potencial exportador, o Arco Norte é considerado um polo importante para importação e entrada de fertilizantes. Atualmente, quase 50% do exportado por Barcarena e mais de 40% do que é movimentado por Miritituba são operados pela Hidrovias.
As projeções e cenários feitos pela companhia indicaram que, mesmo com a futura cobrança de pedágio na BR-163, a partir do final de 2022 ou do início de 2023, o corredor norte deve ficar mais econômico do que a operação por via férrea para Santos. A análise leva em consideração custo logístico ponderado. Schettino também destacou que o plano de negócios se concretiza em qualquer um dos cenários projetados pela companhia de implementação da Ferrogrão.
O diretor financeiro e de relações com investidores, André Kubota, acrescentou que a aquisição de terrenos em Porto Velho (RO) contribuirão para diversificar as atividades no Arco Norte, gerando alternativas de escoamento para os clientes. A operação, prevista para iniciar em 2023, prevê 1,3 milhão a 1,5 milhão de toneladas em 2025. O objetivo é aumentar a competitividade em Barcarena (PA). Segundo Kubota, mesmo a empresa tendo adotado uma posição conservadora no plano de negócios, a expectativa é que o corredor norte tem potencial de crescimento.
07/03/2025
Brado cresce em volume e eficiência em 2024
Em 2024, a Brado movimentou mais de 117 mil contêineres, um crescimento de 7% em relação ao ano anterior. Junto ao aumento do volume, os índices de pontualidade nas entregas das cargas c (...)