O Ministério da Infraestrutura e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgaram comunicado no qual informam que, às 9h desta segunda-feira, 1.º, todas as rodovias federais, concedidas ou sob gestão do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), tinham livre fluxo de veículos, não havendo nenhum ponto de retenção total ou parcial.
Lideranças dos caminhoneiros autônomos transportadores de cargas convocaram motoristas para uma paralisação a partir desta segunda. Entre outras reivindicações, eles querem redução de cobrança de PIS/Cofins sobre o óleo diesel, o aumento e cumprimento da tabela do piso mínimo do frete, estabelecido em 2018 após a paralisação de 11 dias, modificação da redação do projeto 4199/2020, o BR do Mar, sobre cabotagem, aposentadoria especial para o setor, um marco regulatório do transporte, entre outros pedidos.
No domingo, 31, um áudio de uma conversa entre o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e uma liderança local de caminhoneiros, circulou em grupos de Whatsapp, no qual o ministro afirma não ter possibilidade de atender alguns dos principais pedidos do segmento. Tarcísio de Freitas confirmou ao Estadão a autenticidade do áudio e confirmou que a conversa ocorreu no sábado, 30, mas disse que se tratava, apenas, de esclarecer o papel do governo em cada demanda, o que é possível fazer e o que não é.
O Ministério da Infraestrutura informou, ainda, que boletins sobre o fluxo de veículos serão atualizados periodicamente e "estão baseados em informações do centro de controle da Polícia Rodoviária Federal".
Manifestações no País
Na rodovia Castello Branco, de acordo com a CCR ViaOeste, concessionária que administra a estrada, na altura do km 27, na região de Barueri, no sentido para a capital paulista, havia lentidão no começo da manhã. Apenas as faixas 1 e 2 estavam liberadas, por causa do protesto de caminhoneiros, que ocupavam duas faixas no sentido São Paulo.
Em Votorantim (SP), caminhoneiros bloqueavam parcialmente a rodovia Antonio Raimundo Soares (SP-79) e obrigavam os motoristas de caminhões e carretas a parar o veículo no pátio de um posto de combustível localizado no km 100. Desde a madrugada até as 9 horas, mais de 300 veículos tinham sido abordados. A passagem estava liberada para carros, ônibus, ambulâncias e veículos que transportavam combustível, perecíveis e produtos hospitalares.
Além da redução da cobrança de PIS/Cofins sobre o óleo diesel e aumento na tabela do piso mínimo do frete, os caminhoneiros pediam a redução do ICMS, imposto estadual, sobre o combustível. Também pediam redução na tarifa dos pedágios estaduais. A SP-79 liga a região de Sorocaba e o sudoeste paulista à rodovia Régis Bittencourt (BR-116) e à região Sul.
O outro protesto acontecia na rodovia João Leme dos Santos (SP-264), próximo do acesso a Salto de Pirapora. Os manifestantes abordavam os caminhoneiros e convenciam a parar o veículo numa pista marginal à rodovia. No início da manhã, ao menos uma centena de caminhões e carretas estavam no local. O tráfego pela rodovia estava liberado. A estrada é usada para escoamento de calcário, madeira e produção agrícola. A Polícia Rodoviária Estadual acompanhava as duas manifestações.
No Nordeste do País, na BR-116, altura dos kms 522 e 528, na região de Itatim, caminhoneiros protestam, de maneira pacífica, em postos de combustível do local. De acordo com a Via Bahia, concessionária do trecho da pista, não há bloqueios por parte dos manifestantes. Durante a madrugada, por volta da 1h, houve interdições na região de Vitória da Conquista, altura do km 814. Mas, segundo a Via Bahia, a situação já foi normalizada.
A Polícia Rodoviária Federal atualizou, por meio de post no Twitter, que a região de Itatim se encontra sem trânsito intenso, com fluxo normal.
Além disso, o Ministério da Infraestrutura compilou atualização de concessionárias de todo o País sobre situação de tráfego nas rodovias.
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