O volume das importações brasileiras de fertilizantes aumentou 72,4% no mês passado em relação a abril de 2021, para 3,25 milhões de toneladas, de acordo com o Ministério da Agricultura. Com a elevação de 130,1% dos preços médios, que chegaram a US$ 647 por toneladas, os gastos brasileiros com a importação de fertilizantes cresceram 296,7% em abril e chegaram a US$ 2,1 bilhões.
Mesmo com as dificuldades logísticas e financeiras em função da guerra com a Ucrânia, a Rússia foi a principal fornecedora de fertilizantes ao Brasil no mês passado. As vendas russas ao mercado brasileiro atingiram US$ 526,7 milhões, uma alta de 295,1% em relação a abril de 2021. Canadá, Marrocos, Estados Unidos, Israel e China aparecem na sequência.
Cresceu também o volume de defensivos agrícolas importados pelo Brasil. Em abril, a quantidade dobrou e chegou a 38,4 mil toneladas. A receita das importações foi 123% maior, chegando a US$ 376,2 milhões. Os três principais fornecedores dos pesticidas foram China, Estados Unidos e Índia.
No acumulado de 2022, as importações brasileiras de fertilizantes alcançaram US$ 6,48 bilhões, valor 147,3% superior ao registrado no quadrimestre inicial de 2021. Houve alta de 6,4% nos volumes comprados e de 132,4% nos preços médios dos produtos.
“Há muita preocupação em se garantir a fertilização da produção na safra 2022/2023, o que provavelmente motivou a antecipação das importações brasileiras”, avaliou o ministério. Nos primeiros quatro meses do ano, a Rússia já enviou ao Brasil o equivalente a US$ 1,65 bilhão em fertilizantes. Canadá, China, Estados Unidos e Nigéria completam a lista dos principais fornecedores no período.
As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 48,56 bilhões nos quatro primeiros meses do ano, “recorde histórico” para o período, de acordo com o Ministério da Agricultura. “A elevação das exportações ocorreu principalmente em função da alta dos preços dos produtos exportados (+26,8%), já que o crescimento dos volumes embarcados foi relativamente menor (+6%)”.
O agronegócio representou 47,9% das exportações totais brasileiras de janeiro a abril de 2022.
Fonte: Valor Econômico