Um dos braços de negócios da Gerdau Next, a G2L, uma plataforma de atuação em logística, tem planos de se posicionar como uma das grandes operadoras desse setor. Criada de um departamento interno da Gerdau, ganhou vida própria em 2018 e tornou-se uma empresa, com sede em Barueri, na Grande São Paulo.
Futura divisão de negócios do grupo siderúrgico gaúcho, a Gerdau Next reúne as atividades fora da produção de aço. No portfólio estão logística, fundações de obras civis, construção modular em perfis metálicos, grafeno e comércio online de materiais de construção.
A G2L tem a própria frota, mas grande parte (cerca de 90%) da sua operação conta com transportadores autônomos. Além do aço fabricado pela Gerdau, a empresa transporta várias outras cargas - vai de papel e celulose, materiais de construção, agrícolas, bens para redes de varejo a itens refrigerados. Até setembro, a G2L transportou 3 milhões de toneladas, com avaliação total de R$ 8 bilhões.
“Nossa previsão é crescer 35% neste no ano em relação a 2020”, informa Marlos Tavares, que chegou à empresa em agosto para assumir o comando. O executivo, também gaúcho, tem mais de 20 anos de experiência no setor de logística e portuário, tendo passado por grupos como Maersk, Libra, Santos Brasil e Tegma. “Costumo dizer que minha carreira foi feita do mar para a terra”.
No momento, a G2L está fazendo a terceira aquisição para ampliar a frota (cavalos mecânicos e carretas), com desembolso de R$ 50 milhões. O valor faz parte de um pacote de R$ 76 milhões no último ano em frota própria. Com isso, está somando 150 implementos (carretas) e 70 cavalos. Tavares diz que não deve parar por aí na estratégia de expansão.
“Temos um plano estratégico traçado, com 2022-2023 já todo detalhado, de até 2025 mais do que dobrar de tamanho, nos consolidando como um dos maiores operadores logísticos do país”, diz o executivo. Isso significa o transporte de 8 milhões a 10 milhões de toneladas por ano.
Segundo Tavares, na estratégia da empresa, com apoio do grupo controlador, estão definidas três frentes de atuação - busca de novos clientes, ampliar a participação na logística do grupo Gerdau e avaliação de fusões e aquisições que tragam sinergias à G2L”.
Ele diz que, atualmente, a empresa já está consolidada como operador logístico, atuando no transporte, gestão de cargas e de pátios reguladores na operação de centros de distribuição de produtos siderúrgicos. “A G2L nasceu como uma empresa que utiliza a tecnologia digital para fazer a aproximação do transportador autônomo à carga, usando a inteligência artificial”, destaca.
Para isso, conta com central de operação, em Barueri, a qual dispões de uma torre de controle com informações e conexões em tempo real, além de 25 filiais no país.
Segundo o executivo, buscando contribuir com o meio ambiente - em linha com os fundamentos de atuação da Gerdau em todas as áreas -, a G2L decidiu que parte dos 58 cavalos mecânicos adquiridos para puxar as carretas serão movidos a GNV. Testes foram iniciados em rotas pré-selecionadas (onde haja facilidade de abastecimento do combustível). Também estão previstos caminhões elétricos, no início para cargas leves.
“A nossa pegada é digital”, diz o executivo, informando que a G2L - conectando transportador e dono da carga - já atinge 4.400 cidades no país. A empresa tem 450 funcionários, sendo 80% diretamente ligados às operações.
A Gerdau Next foi oficialmente criada em julho de 2020, quando contratou um executivo para comandar os negócios existentes e desenvolver outros. Atualmente, ainda atua como vice-presidência de negócios, mas em 2022 deve se tornar uma nova divisão, assim como Aços Brasil, América do Sul, América do Norte e Aços Especiais.
Fonte: Valor
27/11/2024
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