O agronegócio, especialmente soja e milho, não é tão lucrativo quanto se imagina. A avaliação é do presidente do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz Ferreira, que salientou que o escoamento desses produtos possui margens pequenas. A solução para atingir fretes mais competitivos, segundo ele, é integrar diferentes modais para transportar essas cargas, hoje movimentadas por caminhões em distâncias superiores a dois mil quilômetros.
"Temos que ter boas ferrovias, rodovias, hidrovias para que possamos somar esforços e escoar essa produção", disse Vaz, nesta segunda-feira (9), durante a abertura do evento Centro-Oeste Export. Vaz disse que existem exemplos de investimentos multimodais para transportar algodão, por exemplo. Ele acrescentou que o desafio é grande para poder minimizar custos desses fretes. "Só vamos conseguir se utilizarmos multimodalidade para transportar essa produção", frisou.
O Pró-Logística apurou redução de 24% no frete a partir do uso de ferrovia entre Sorriso (MT) e Santos (SP) entre 2009 e 2019. Para Vaz, a logística do Mato Grosso tem propiciado redução de custo, porém precisam avançar projetos como da Ferronorte chegando a Lucas do Rio Verde e que a Ferrogrão ligue Sinop à Miritituba (PA), além de explorar melhor as hidrovias dos rios Madeira, Tapajós e Tocantins para reduzir esses custos.
O diretor da Antaq, Francisval Mendes, disse que a região Centro-Oeste sofre mais impactos negativos relacionados à ineficiência de logística que Sul e Sudeste, na medida em que agrega custos aos preços finais de seus produtos. Ele destacou o forte incremento da capacidade, gerando eficiência nos últimos anos e desenvolvimento de portos do Arco Norte e estações de transbordo.
Entre 2010 e 2018, o transporte de soja e milho via Arco Norte aumentou de participação de 20% para 44%. Mendes observa portos que necessitam, ou podem demandar nos próximos anos, investimentos para expansão de cais e armazenagem. Ele citou os portos de Santarém (PA), Vila do Conde (PA) e Itaqui (MA).
Fonte: Portos e Navios
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