Especialistas apontam a tecnologia como um dos principais fatores para a evolução da logística brasileira – que hoje ocupa apenas o 55º lugar no ranking do Banco Mundial para o segmento. Mais que isso: as próprias empresas da área reconhecem o papel estratégico que a tecnologia desempenha. É o que mostra a pesquisa setorial que acaba de ser lançada pela Next Log.
Batizado de “Espelho Logístico”, o estudo aponta que 77% das transportadoras investem em tecnologia e 62% acreditam que ela é a chave para resolver problemas enfrentados no seu dia a dia. Além disso, os mesmos 62% afirmam não possuir barreiras para investir em soluções tecnológicas. No entanto, 78% das empresas participantes apontam investimentos de até R$ 100 mil por ano, enquanto apenas 10% direcionam valores acima de R$ 500 mil.
Liderada por eSales e uMov.me, a Next Log levantou ainda as tecnologias mais utilizadas pelas transportadoras brasileiras, entre as quais destacam-se: o rastreio de frota (85%), soluções para financeiro, marketing e vendas (55%), bem como aplicativo para gestão de entregas (51%).
“Em um mercado competitivo como o da logística no Brasil, a colaboração torna-se chave para as empresas da área. Nesse sentido, a ‘Espelho Logístico’ nos traz a identificação de oportunidades que podem beneficiar todo o ecossistema. Promover esse conhecimento é importante para um alinhamento mais profundo sobre como as transportadoras vão atuar nos próximos anos”, analisa Alexandre Trevisan, CEO da uMov.me.
O levantamento mapeou ainda os principais entraves enfrentados pelas empresas no último ano. Nesse sentido, os mais apontados foram lucro e margem (44%), necessidade de melhoria na gestão da companhia (43%), problemas com fornecedores (39%) e com motoristas (39%). Já na relação com os clientes, a grande maioria das transportadoras encontra dificuldade em repassar custos do frete (72%). E algumas também sinalizaram falta de fidelidade dos clientes (28%).
Para a organização do projeto, os desafios de gestão financeira, de frota e de negócios apontados pelo estudo apresentam um espaço ainda maior para o uso da tecnologia na logística nacional. A partir daí, agrega-se valor para as empresas do segmento e contribui-se com resultados diretos, tanto na operação de cada transportadora, quanto no ecossistema como um todo.
“A ‘Espelho Logístico’ é uma ferramenta abrangente para um mapeamento das principais dores do mercado de transporte e o seu necessário caminho para a digitalização. Além disso, o olhar para negócios, tendo em vista a comunidade e todo o potencial do seu ecossistema, traz uma visão singular de oportunidades para uma transformação mais efetiva do mercado da logística”, pondera Voltér Trein, CRO da eSales.
A pesquisa esteve disponível entre setembro e novembro de 2021, com perguntas abertas e fechadas, no formato online. Entre os participantes, 78% são líderes em suas empresas – isto é, ocupam posições de sócio, CEO, proprietário, diretor, gerente ou coordenador. Entre as 114 transportadoras ouvidas, 84% atuam com Transporte Rodoviário de Carga (ETC) e 81% com carga seca, sendo que 44% podem ser consideradas empresas de médio e grande porte, conforme classificação do Sebrae. Ainda que 50% operem com frota própria, a maioria (59%) possui frotas de pequeno porte, com até 50 veículos. A “Espelho Logístico” contou também com o apoio de GPRLOG, Loggup, idwall, Mônaco, Mutuus Seguros, Oobj e StarGrid, e está disponível para download em https://mkt.umov.me/estudo-espelho-logistico.
Fonte: Logweb