Com rodovias e pontes interditadas, rotas alternativas encarecem frete e também aumentam emissão de poluentes. Programa na Rádio A Hora neste sábado, 15, conversou com Diego Tomasi, Lucas Scapini e Adelar Steffler
Um dos resultados mais preocupantes da tragédia climática que assolou o Rio Grande do Sul foi a destruição de grande parte da infraestrutura logística do Estado. Além da perda de vidas, o evento que provocou alagamentos e inundações por todo o território gaúcho levou pontes, arrancou pavimentos e bloqueou totalmente o acesso a regiões.
Passado mais de um mês, a situação ainda está longe de ser normalizada, o que provoca uma série de prejuízos em todos os setores. A região da fronteira Noroeste, que quase não foi afetada pelas chuvas, apresentou a maior queda de faturamento no ICMS no mês de maio, com redução de 63,2%, um reflexo da dificuldade de escoamento da produção.
No Vale do Taquari, epicentro dos eventos extremos, a redução do índice foi de 26%. Para falar sobe os desafios logísticos regionais, o programa Negócios em Pauta deste sábado, 15, conversou com Diego Tomasi, Diretor da Tomasi Logística, Lucas Scapini, CEO do Grupo Scapini, e Adelar Steffler, Presidente da Valelog, que participou via meet.
Conforme Scapini, essa perda de eficiência logística resulta em fretes mais caros, o que reflete em aumento de custo em todos os produtos. “Acho essencial que a partir de agora, cada vez mais, o setor privado e público trabalhem em conjunto para minimizar esses impactos.”
Ao encontro disso, Tomasi também cita as mudanças que surgem a partir dessa tragédia. “A régua subiu muito. De agora em diante, temos que ter tecnologia e informação para rastrear qual o nível de congestionamento e selecionar a melhor rota para maximizar a eficiência logística”, destaca.
Com essas dificuldades de locomoção e necessidades de rotas alternativas, Steffler, da Cooperativa Valelog, também lembra do fator ambiental. “Se fala tanto em poluição, mas esquecem que justamente essa mudança de caminho, por trechos mais longos, ou com horas de congestionamento, libera ainda mais gases poluentes e prejudica ainda mais o meio ambiente”, cita. Para Steffler, a urgência no restabelecimento das rodovias e pontes também passa por isso.
Confira na íntegra: https://www.youtube.com/live/kBVaxJOUTAU?si=sZLQpnGAw_B4UweF
Fonte: Grupo A Hora