15/01/2025

DP World estuda nova expansão no terminal paulista

 DP World estuda nova expansão no terminal paulista



A operadora portuária DP World estuda antecipar novos investimentos em seu terminal de contêineres em Santos, para levar a capacidade dos atuais 1,3 milhões de TEUs (medida equivalente a contêiner de 20 pés) para 2,1 milhões de TEUs em 2027, segundo o presidente da empresa no país, Fábio Siccherino.


Hoje, a companhia sediada em Dubai já tem um plano de investimentos em curso, de cerca de R$ 450 milhões, para expandir a capacidade de contêineres para 1,7 milhão de TEUs, até o próximo ano. Os recursos serão usados para ampliar um berço de atracação e para a aquisição de novos equipamentos.


Porém, diante da demanda aquecida, a empresa avalia aproveitar as obras para adiantar o que seria um plano futuro de crescimento. Em 2024, todos os terminais de contêineres em Santos ficaram lotados.


“Dada a situação, já abrimos conversas com Dubai para, em vez de parar a expansão em 1,7 milhões de TEUs, já levar direto para 2,1 milhões. Já abrimos essa conversa com Dubai, que recebeu bem a proposta. Agora estamos detalhando qual seria o tamanho do investimento para submeter à aprovação da sede”, afirma Siccherino.


Caso o grupo dê sinal verde, a ideia seria entregar toda a ampliação em 2026: as intervenções já contratadas ficariam prontas em meados do ano e a segunda parte, ainda a ser confirmada, ficaria para o fim do ano que vem. “Precisaria de um prazo a mais [para chegar aos 2,1 milhões] porque ainda precisaríamos colocar a ordem de compra dos equipamentos e teria um prazo maior para receber.”


O plano de investimentos adicional demandaria, além de novos equipamentos, obras para mais um berço destinado a contêineres, além da ampliação da capacidade no pátio de armazenagem do terminal, diz ele.


Siccherino afirma que as incertezas no cenário macroeconômico no Brasil não devem ser entrave para a expansão e diz que há uma janela de oportunidade para investir no segmento.


“Estamos hoje em um momento muito favorável para contêineres, pela demanda crescente. É claro que toda vez que levamos para Dubai propostas de investimento surgem questionamentos em relação a segurança jurídica, estabilidade regulatória, e nesse aspecto ainda tem coisas em discussão, mas o cenário hoje é muito melhor do que há cinco anos. A questão do câmbio preocupa, mas temos muitas operações em moeda estrangeira, tem um equilíbrio que permite estabilizar”, afirma.


Nos últimos anos, a DP World buscou uma diversificação de seu terminal privado em Santos. Além de contêineres, foi inaugurada em 2020 uma operação de celulose em sociedade com a Suzano e, no ano passado, foi firmado um acordo com a Rumo para a construção de um terminal de grãos e fertilizantes na área, que será feito também com investimento da CHS Agronegócio.


O terminal começou a operar em 2013, à época, sob o nome de Embraport e com a Odebrecht como maior sócia. A gigante portuária de Dubai, que já era acionista, comprou a fatia da empreiteira e assumiu o controle em 2017, juntamente com uma dívida pesada em dólar, que levou a anos de prejuízo da operação.


Segundo Siccherino, as novas operações do terminal santista melhoraram a imagem do grupo em relação ao negócio no Brasil. “Dubai passou a olhar não só como um terminal de contêiner, mas como uma operação maior e com mais equilíbrio. O negócio de contêineres é cíclico, o de celulose é estável e o de grãos cresce em dois dígitos todo ano.”


Com o novo plano de expansão em contêineres, a conclusão do projeto de celulose e a construção da nova operação de grãos, o terminal da DP World em Santos atingiria em 2027 sua capacidade completa. “A visão do futuro próximo é ter uma movimentação anual de 2,1 milhões de TEUs, 5 milhões de toneladas de celulose, e 12,5 milhões de toneladas, entre grãos e fertilizantes. Esse é o tamanho do terminal em 2027”, afirma.


Segundo ele, depois disso, ainda haveria alguma possibilidade de crescimento do terminal em contêineres, por meio da implantação de uma nova tecnologia usada em Dubai para ampliar a capacidade de armazenagem. Porém, como se trata de um mecanismo inovador e com alto volume de investimentos, não é algo viável neste momento.


Fonte: Valor Econômico



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