A pandemia da Covid-19 pressionou profissionais e empresas a implementarem mudanças que possibilitassem a continuidade do trabalho. As organizações tiveram que buscar agilmente soluções e com uma capacidade de superação e adequação às mudanças impostas pela nova e singular realidade. Com a volta à normalidade – ou ao “novo normal”, como definido – as corporações buscam agora identificar quais ajustes praticados no período mais agudo da pandemia, quando o conceito de home office se generalizou, poderão ser continuados, com benefícios tanto para as empresas quanto para seus colaboradores.
Segundo Tarcísio Felisardo, diretor de Gestão de Pessoas da Tegma Gestão Logística, “a pandemia trouxe novos valores à cultura profissional brasileira, dentre eles a disciplina, responsabilidade e a proatividade. Juntos, esses valores estruturaram a nova metodologia do trabalho in house”. Outro ponto destacado pelo executivo foi o desenvolvimento da criatividade e da inovação dos profissionais. “Eles passaram a buscar soluções sozinhos e isso deu-lhes um novo ímpeto pessoal e, consequentemente, realizações pessoais”, assinala.
Adaptação ao formato híbrido
Para Tarcísio Felisardo, as organizações e os profissionais ainda estão se adaptando ao formato híbrido. “Creio que há alguns diferenciais importantes para equilibrar tudo isso como a comunicação direta por parte das lideranças para estabelecer e ajustar rotinas. A empatia é igualmente importante neste processo, até para entender o quanto pode ser diferente a percepção de relevância do trabalho híbrido para pessoas que têm necessidades distintas - o que é bom para um não é necessariamente bom para o outro”, observa o diretor de Gestão de Pessoas da Tegma.
Ele também assinala que o formato de trabalho híbrido será um fator relevante na atração de profissionais. “O que pode ganhar espaço no universo do trabalho remoto, com menor incidência presencial, é o aspecto de ter uma diversidade ainda maior com a ampliação das contratações de pessoas portadoras de deficiência que já possuem em suas casas um ambiente mais bem adaptado do que em muitas organizações que acabam não sendo muito atrativas, por falta de estrutura para inserir pessoas com determinadas deficiências de mobilidade”, conclui.