A DHL Supply Chain, braço de armazenagem e distribuição da alemã DHL, fechou a compra de um terreno de 300 mil m² às margens da rodovia Anhanguera em Jundiaí (SP). A área irá abrigar o primeiro campus logístico próprio da DHL, construído do zero, no Brasil.
A empresa tem atualmente 1.300 mil m² de capacidade de armazenamento, área que será elevada em 10% com o início de operação da nova unidade.
A nova estrutura tem localização estratégica ao estar às margens da rodovia Anhanguera e com acesso aos principais aeroportos cargueiros do país (Viracopos e Guarulhos, no Estado de São Paulo).
Serão construídos dois armazéns com área total de 137 mil m². Para isso, estão previstos investimentos nos próximos dois anos - o valor não foi divulgado. Erica Couto, vice-presidente de novos negócios no Brasil da DHL Supply Chain, explicou que o projeto faz parte de um produto global da empresa, de gestão dos ativos imobiliários de instalações de armazenagem e distribuição.
No Brasil, o produto foi inaugurado há quatro anos, mas ganhou agora uma nova vertente ao receber investimentos em estruturas do zero. “Com esse modelo, estamos fazendo globalmente diversos movimentos, tanto de construção, quanto de aquisição e venda para investidores”, disse.
Cabe ao cliente escolher, por exemplo, se vai alugar apenas o espaço ou se vai contratar também serviços adicionais, como a própria operação logística. Questionada, Couto disse que ainda não há um cliente fechado para o novo empreendimento, embora conversas já tenham sido iniciadas com interessados.
“A nossa expectativa é que a gente continue investindo em áreas de alta demanda”, disse. E emendou: “Vemos muitos movimentos em Santa Catarina, em Minas Gerais, próximo de Extrema, e no Espírito santo, na região de Serra e Viana. Mas São Paulo é nossa principal escolha”. O grupo tem outros projetos em análise para os próximos anos.
O grupo DHL fechou o segundo trimestre deste ano com uma receita global de 24 bilhões de euros, salto de 23,4% na comparação anual. O lucro líquido aumentou 15%, para 1,5 bilhão de euros. Considerando apenas o Supply Chain, a receita cresceu 22,7%, para 4,1 bilhões de euros.
Couto informou que comércio eletrônico e o mercado de autopeças ajudaram os negócios da DHL no Brasil durante a pandemia.
Fonte: Valor Econômico