19/07/2021

Cursos tecnológicos ligados ao agronegócio são aposta para suprir demanda Cursos tecnológicos ligados ao agronegócio são aposta para suprir demanda

 Cursos tecnológicos ligados ao agronegócio são aposta para suprir demanda Cursos tecnológicos ligados ao agronegócio são aposta para suprir demanda


Um dos segmentos que há décadas impulsiona a economia do País, o agronegócio amplia sua força e demonstra não ter sido tão afetado pelos problemas relacionados à pandemia. Conforme dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o valor do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 2,06% em dezembro de 2020 e concluiu o ano com uma expansão recorde de 24,31% em relação a 2019.

Com isso, a participação do setor no PIB do Brasil saltou de 20,5% em 2019 para 26,6% em 2020. Nesse contexto, cursos tecnológicos ligados ao agronegócio são apostas das instituições de ensino superior para suprir as demandas por profissionais alinhados aos avanços.

Na Universidade Paulista (Unip), o Curso Tecnológico de Gestão do Agronegócio, criado em 2014, propõe formar profissionais com domínio dos processos de gestão e das cadeias produtivas do setor, como definir investimentos, avaliar custos e controlar o uso de insumos. Esse tecnólogo pode atuar na prospecção de mercados, na identificação de alternativas de capacitação de recursos; em logística e comercialização dos produtos agrícolas. Outro campo promissor é o mercado futuro de ações, com negociações de contratos de commodities agrícolas (café, soja, milho etc) em bolsa de valores nacional e internacional.

“O Brasil precisa de profissionais familiarizados com o uso de tecnologias modernas na agricultura. Uma de nossas atividades é mostrar aos alunos como o uso de drones pode proporcionar uma agricultura de precisão”, diz Rogério Traballi, coordenador do Curso Tecnológico de Gestão do Agronegócio da Unip. “Temos uma pequena fazenda experimental e, nela, o drone auxilia em monitoramento e obtenção de dados exatos para plantar, colher e irrigar.”

Técnicas. Com a pauta da sustentabilidade ganhando cada vez mais relevância no universo agrícola, o curso da Unip também explora técnicas que buscam melhorar a produtividade com o mínimo impacto ambiental.

Uma delas é a aquaponia, um sistema que mescla o uso da água para o plantio com a criação de peixes. Os excrementos produzidos pelos animais, ricos em nutrientes, são utilizados para alimentar as plantas, ao mesmo tempo em que elas executam uma filtragem da água, que depois é devolvida aos peixes.

“Viajo bastante a outros países como professor visitante e vejo um interesse grande pela agricultura do Brasil. Mas, infelizmente, temos muito desperdício de recursos naturais e administrações baseadas em achismo”, afirma Traballi. “Queremos mudar esse cenário, estimulando os alunos a terem um espírito empreendedor e inovador, dedicado a pesquisa e desenvolvimento de soluções sustentáveis criativas.”

A busca por um aprimoramento dos processos de gestão foi a principal razão que levou o empresário Edson Pacífico Lopes, de 58 anos, a procurar o curso tecnológico da Unip. Ele é proprietário de uma corretora de seguros de equinos e bovinos, criada em 2002. Com o curso, que fez entre 2016 e 2019, sente que ampliou seus horizontes. “A graduação me ajudou a obter conhecimentos para ir além da parte de produção no agro, e envolver os aspectos comerciais, abrir mais possibilidades de atuação.”

Lopes expandiu seus negócios no ramo agrícola, com produção de grãos e frutas. Resultado de um dos temas de aulas que mais chamaram a sua atenção: o estudo dos problemas de logística do País, uma deficiência histórica do agronegócio que contrasta com a excelência de outros fatores.

“Impactou bastante ver as diferenças entre o Brasil de dentro e de fora da porteira da fazenda. Por um lado, temos exemplos de ponta em tecnologia e produtividade de grãos e plantações, mas, por outro, um cenário amador de gargalos de transporte e escoamento. Isso faz o agricultor perder muito dinheiro e tem de ser levado em conta em qualquer planejamento de gestão agrícola”, diz o empresário.



Fonte: Estadão

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