A crise no abastecimento de energia, agravada pelo pior regime de chuvas em 91 anos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, terá desdobramentos sobre a logística nacional: a hidrovia Tietê-Paraná, um dos principais corredores fluviais do país, pode parar no início de julho.
Em carta enviada ao Ministério de Minas e Energia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) pede mudanças emergenciais na operação dos reservatórios de duas usinas hidrelétricas no rio Paraná que, na prática, podem inviabilizar a navegabilidade na hidrovia.
No ofício, o ONS relata a necessidade de reduzir a altura mínima dos espelhos d'água dos reservatórios de Ilha Solteira e de Três Irmãos, ambos em São Paulo. A medida, que será avaliada pela ANA, é apontada como essencial para manter a “governabilidade hidráulica na bacia do rio Paraná ao longo do período seco de 2021”.
“Se houver mudança de vazão a partir de julho a hidrovia vai parar. Não tem calado, não tem jeito”, afirma o secretário de Logística e Transportes do Estado de São Paulo, João Octaviano Machado Neto.
Segundo o Movimento Pró-Logística, a hidrovia Tietê-Paraná transporta cerca de seis milhões de toneladas por ano. Além de produtos do agronegócio, é essencial para escoar materiais da construção civil. “É uma concorrência pelo uso da água. Nós precisamos de calado para a navegação. Eles precisam de geração de energia”, diz Edeon Vaz, diretor-executivo do movimento.\
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Fonte: Valor
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