Os Correios avaliam benefícios do uso do modal aquaviário após a primeira operação de entrega por meio de cabotagem. Se viável, o uso da cabotagem será estendido para outras operações logísticas e serviços dos Correios, diz o diretor de Operações dos Correios, Carlos Henrique de Luca Ribeiro.
O projeto-piloto dos Correios utilizando o navio como transporte de cargas foi iniciado há cerca de um mês. A primeira experiência para o transporte de, aproximadamente, 430 toneladas de material do Programa Nacional do Livro Didático – FNDE/ Ministério da Educação contou com o apoio da Antaq. A opção pelo uso do modal nesse primeiro momento foi em decorrência do perfil da carga e da sua sazonalidade.
De acordo com Carlos Henrique de Luca Ribeiro, considerando que o piloto iniciou há pouco, os resultados estão em fase de monitoramento. "A primeira experiência dos Correios com a cabotagem tem sido muito rica e de muito aprendizado. O primeiro deles foi constatar que quanto maior o percurso, o custo-benefício do modal se apresenta mais vantajoso. Por se tratar de um projeto piloto, queremos aproveitar este momento para avaliar as variáveis e mapear os pontos de melhoria. O objetivo é avaliar a viabilidade para que o uso da cabotagem se estenda a outras operações logísticas e serviços dos Correios", esclareceu.
Rimac
A operação foi realizada pela BL Logística e Serviços de Transporte. A entrega de material didático foi iniciada no Porto de Santos (SP), partindo para os Portos de Pecém (CE), Manaus (AM), Suape (PE) e Salvador (BA). De acordo com os Correios, a análise dos resultados preliminares tem como objetivo o levantamento de bases sólidas para a tomada de decisão de onde e como expandir este modal na matriz de transporte da empresa.
Vale lembrar que, para a primeira experiência, a Antaq prestou apoio cedendo informações sobre as peculiaridades do transporte, para depois abrir o pregão eletrônico e a contratação da iniciativa privada para prestar o serviço. O diretor-geral da Antaq, Eduardo Nery, reiterou a intenção de sempre apoiar a empresa para a realização da navegação de cabotagem, visto ser este um modal seguro, economicamente viável e com maior potencial sustentável.
Fonte: Portos e Navios
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