Convênio de cooperação entre o Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura (MInfra), e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vai injetar US$ 800 mil para impulsionar a adoção de modos de transporte de baixa emissão de carbono no Brasil. Provenientes do Programa de Infraestrutura Sustentável do Reino Unido (UK SIP), que integra balcão único do Grupo do BID para ajudar países da América Latina e do Caribe, os recursos ajudarão a executar um plano estratégico e sustentável de logística e infraestrutura de transportes.
A parceria com o BID/UK SIP inclui desde avaliações de viabilidade de logística e transporte sustentáveis até a adoção de critérios de gestão e mitigação de risco climático. Na primeira etapa, serão traçados objetivos, metas e indicadores para o plano de parcerias do modo rodoviário – responsável por 40% das emissões de gases de efeito estufa no país, segundo dados do Observatório do Clima.
Essa fase dará subsídios para um modelo de governança do transporte rodoviário e será referência para a definição de elementos similares nos demais planos de parcerias sustentáveis inseridos no Planejamento Integrado de Transportes do Governo Federal. Nos próximos dias, será assinado contrato com empresa de consultoria selecionada para dar encaminhamento aos estudos iniciais.
“A sustentabilidade é uma diretriz do Ministério da Infraestrutura e, dentro dessa diretriz, levamos em consideração todas as questões atinentes à mudança climática. É uma temática cada vez mais presente no nosso planejamento e no desenvolvimento de projetos, e acordos de cooperação com entidades reconhecidas nos ajudarão a chegar ao ‘estado da arte’ em termo de provisão de infraestrutura conjugada com sustentabilidade”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.
QUALIFICAÇÃO – Nesse sentido, foram firmados dois convênios anteriormente: com a Climate Bond Initiative (CBI) para qualificar portfólio de transportes a potencial financiamento via títulos verdes (green bonds), e com a Agência de Cooperação Internacional Alemã (GIZ), a fim de incorporar a questão das mudanças climáticas nas ações do setor. O trabalho com a CBI, por exemplo, tornou novas concessões ferroviárias, como a Ferrogrão e ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol) e Centro-Oeste (FICO), aptas a buscar a certificação ambiental.
Dados do Global Infrastructure Hub indicam a necessidade de aproximadamente US$ 1,2 trilhão até 2040 para suprir a demanda de infraestrutura rodoviária do Brasil. É justamente nesta interseção que a cooperação técnica do Governo brasileiro com BID/UK SIP quer entrar. A representante do BID no Brasil, Morgan Doyle, ressalta a importância estratégica do convênio para alavancar projetos que garantam sustentabilidade econômica, financeira, social, ambiental e institucional durante todo o seu ciclo de vida.
“Investir em infraestrutura sustentável tem diversos efeitos positivos: gera empregos, contribui para a resiliência climática das rodovias e aumenta a produtividade, reduzindo custos. Todos esses elementos estão alinhados à Visão 2025 do BID para uma recuperação econômica no pós-pandemia mais sustentável e inclusiva”, conclui.
Fonte: Minfra
27/11/2024
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