Uma cidade do Ceará está se consolidando como o principal polo de condomínios logísticos do Nordeste. Trata-se de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. O município foi o líder nos aluguéis de galpões logísticos da região Nordeste em 2024.
Segundo dados revelados pela consultoria Newmark, Itaitinga concentra 28 mil metros quadrados locados nesse tipo de empreendimento, superando com larga vantagem as outras praças regionais.
Para se ter dimensão, o segundo lugar, Simões Filho, na Bahia, somou 9,7 mil m². Já a terceira posição ficou com Feira de Santana e seus 7,5 mil m².
LÍDERES DO NORDESTE EM ALUGUEL DE GALPÕES
1) Itaitinga (CE): 28 mil metros m²
2) Simões Filho (BA): 9,7 mil m²
3) Feira de Santana (BA): 7,5 mil m²
O crescimento de Itaitinga reflete a localização estratégica da cidade, com acesso ao Porto do Pecém e às rodovias mais importantes para escoamento de mercadorias.
A combinação de incentivos fiscais, infraestrutura robusta e a ampliação de áreas destinadas a galpões industriais também ajudaram a fazer do município um ponto focal para as empresas.
AMAZON E MERCADO LIVRE
Desde a implantação do Centro de Distribuição (CD) da Amazon, em 2021, Itaitinga vem atraindo uma série de investimentos de grandes players nacionais e estrangeiros, impulsionada pela disputa entre essas empresas para acelerar as entregas aos consumidores do Nordeste. É lá também onde ficará o CD do Mercado Livre, outro gigante do comércio online.
Geração de empregos
O gestor destaca que a cidade é a sétima no Ceará na geração de empregos formais, segundo o Caged, com 5 mil admissões formais de janeiro a novembro de 2024.
Considerando a geração de vagas pelo tamanho da população, a cidade é a segunda que mais cresce na RMF em relação ao mercado de trabalho.
O movimento, avalia a Newmark, ocorre na esteira de uma tendência nacional de descentralização dos Centros de Distribuição para áreas fora do eixo Sudeste.
A diretora de Pesquisa e Inteligência de Mercado da Newmark, Mariana Hanania, destaca que essa descentralização é uma resposta ao crescimento do comércio eletrônico e às demandas de consumidores fora dos grandes centros. O objetivo das empresas é garantir prazos mais curtos e maior capilaridade na entrega de mercadorias.
Fonte: Diário do Nordeste