Com 28 mil colaboradores em 18 países em 4 continentes, o Grupo ID Logistics, operador multinacional de contratos logísticos, vê no Brasil a chance de redenção e desenvovimento econômico nos próximos anos. Enquanto por aqui o país vivia em severa crise econômica, os europeus prosperavam, agora a situação se inverteu e o Brasil deve se tornar um dos principais países de oportunidades para o desenvolvimento dos negócios da Companhia.
Quem está falando isso é o francês Eric Hemar, CEO mundial do Grupo ID Logistics, e que esteve recentemente no Brasil para prestigiar a posse de Gilberto Lima, como Diretor-Geral da ID Logistics Brasil. É a primeira vez que um brasileiro assume o principal cargo da subsidiária da ID Logistics localmente. Todos os demais executivos anteriores eram europeus.
Hemar afirmou que o Grupo está bem preparado e que não será afetado por uma desaceleração econômica na Europa, por conta da guerra da Ucrania, com exceção da filial russa, que teve que paralisar as atividades por algum tempo. Por outro lado a situação hoje é muito interessante no Brasil. « Durante alguns anos a Europa crescia e o Brasil estava em uma situação difícil, em que a estratégia era manter os clientes, manter a qualidade dos serviços e manter uma equipe à bordo. Agora o Brasil está retomando a economia, nós vamos continuar investindo na digitalização de processos, em soluções inovadoras, em serviços personalizados e na excelência operacional. Eu estou muito otimista com os próximos anos no Brasil em termos de desenvolvimento de novos negócios.», garante o executivo.
Apesar da pandemia da Covid-19 ter afetado a trajetória esperada da subsidiária ao longo de 2020 e de 2021, a perspectiva de crescimento para os proximos anos é boa. Em 2022 já se nota o mercado respondendo positivamente, alguns de nossos clientes batendo recordes e novos start-ups. Gilberto Lima afirma que «o Brasil apresenta historicamente ciclos em sua economia e estamos entrando agora naquela fase em que temos uma expectativa de retomada do crescimento. Obviamente que dentro dos planos da ID Logistics para os próximos anos isso é visto como uma grande oportunidadee de contribuição para o Grupo. Esse momento do Brasil vai ser certamente muito aproveitado e bem explorado!».
TROCA DE DIRETORES
O motivo número um, segundo Hemar, foi porque o brasileiro Gilberto Lima é inteligente, possui um caráter empreendedor e muita habilidade para dirigir a filial. Além disso a empresa está muito interessada na promoção interna « As mudanças no Grupo ID Logistics também incluem a ida do seu antecessor Jerome Jacek assumir a região da Ibéria (que compreende os países Portugal e Espanha), bem como no lugar de Diretor de Operações da subsidiária brasileira assume David Charvier que já atuava na companhia também há alguns anos. Nós estamos muito felizes em encontrar internamente o Gilberto, preparando-o para o cargo de diretor-geral, o que demonstra o nosso compromisso na melhoria contínua de sua gestão e significa que estamos alcançando uma certa maturidade para encontrar dentro da Companhia os recursos necessários a fim de continuar seu desenvolvimento. A grande vantagem é porque Gilberto conhece todos os assuntos da companhia. », afirma Hemar.
NOVAS AQUISIÇÕES
O DNA da empresa é fundamentalmente para crescimentos orgânicos, lembra Hemar, mas segundo ele, pode ser interessante fazer aquisições e o momento de alguma aquisição de alguma empresa no Brasil está chegando. «Tem momentos que a situação fica mais complexa para finalizar uma aquisição, mas nos temos uma perspectiva de que o crescimento econômico no Brasil irá continuar e eu ficaria muito feliz em fazer uma aquisição local para complementar ao crescimento orgânico. Nos vamos, por sua vez, ser muito seletivos em manter o portfolio de clientes dentre nossas verticais prioritárias », complementa.
FASHION TAMBÉM É FOCO
Segundo Gilberto Lima, « Nós estamos entrando numa fase de aquecimento da economia e dos nossos negócios, já conseguimos ver esses movimentos acontecendo no mercado, temos construído um plano bastante robusto de crescimento e a contribuição do Brasil para o Grupo é significativa. Em relação a segmentos, fortalecemos nossa atuação nos segmentos de FMCG, temos uma história recente de crescimento no segmento de e-commerce e cosmético, além dissodevemos manter nossos foco no varejo alimentar / não alimentar, indústria e spare parts que são segmentos core da companhia. E o fashion é uma vertical que vamos olhar com mais foco a partir de agora também".
CSR
Eric Hemar afirma que no último a empresa definiu alguns alvos de política de governança CSR e foram criados três objetivos principais politicas de CSR. « Fixamos três metas principais. A primeira é o meio ambiente social, reduzindo o risco de acidentes de trabalho, aumentando a inclusão e a diversidade. Outra prioridade em nossa companhia é a sustentabilidae com redução da pegada de carbono junto à nossos clientes. O terceiro ponto é a contribuioção às comunicdades nas regiões que atuamos com um programa específico de interação com a sociedade».
Gilberto Lima complementa: « Nós temos aqui um fortalecimento dessa politica na Companhia como um todo, principalmente a partir do último ano e o mais interessante é que tracamos metas em cada país, com o compromisso de alcançá-lasr e certamente vamos. Isso não é uma simples propaganda que fazemos, trata-se deão metas e ações concretas, ao qual já atuávamos em algumas das frentes com uma intensidade menor, mas hoje além de ser uma prioridade para a empresa, temos certeza que isso tem cada vez mais alinhamento com nossos clientes ».
INOVAÇÃO
Eric Hemar afirma que a ID Logistics considera que inovação é um dos pontos-chave da empresa. É realmente o DNAs da ID Logistics, impulsionar o desenvolvimento e implantação de soluções inovadoras, e a cultura junto à nossos colaboradores e fornecedores locais.. « Nos precisamos investir muito em inovação e definimos um programa global para tal , o “Innovation Booster” de mão dupla. Uma maneira é de cima para baixo, certamente envolvendo nossosengenheiros no processo para entender o grau de inovação das soluções ou tecnologias, a facilidade de replicá-lae a viabilidade conforme escopo operacional, como exemplo o caso do robô de inventário Astrid, . Por isso considero que a grande parte da inovação é impulsionada pelo topo, organizando uma série de mudanças, criando equipe de inovações e integrando toda a empresa nesta frente. Porém para que ocorra um alto nível de engajamento é preciso que processos de inovação ocorram também de baixo para cima, isto é no chão da operação, atrelado aos desafios identificados pelo nosso time.
Gilberto Lima diz que « Geralmente quando se fala em inovação, a primeira coisa que se pensa é em um alto nível de investimento envolvido. Aqui no Brasil, a filial está realmente investindo nesta frente e vai apostar muito nisso. Inovação, muitas vezes advem de uma solução simples, e criativa de baixo para cima e temos programas internos corporativos que buscam trazer a inovação cada vez mais forte para o DNA da companhia a fim de continuarmos a contaminar o primeiro nível das operações com essa idéia. Orientar e romover essa vontade de sugerir ideias para atender as necessidades e expectativas dos clientes. Já tivemos muitas dessas ideias simples implementadas, que fazem uma diferença enorm. Em todas as nossas operações locais nomeamos inclusive embaixadores da inovação, com a missão de serem os facilitadores para o encaminhamento dessas ideias e acompanhamento até a sua implantação. Esse é o caminho que vamos seguir ! », avisa
TECNOLOGIAS
Se nós podemos fazer uma comparação, há uma real contradição no Brasil. Eric Hemar afirma que as pessoas são muito focadas em inovação e explorar novas tecnologias em parcerias. « O investimento em pessoas é baixo, mas o investimento em tecnologia é muito alto em comparação com o mercado americano ou europeu. Passo a passo, o custo de pessoas cresce e o custo de tecnologia cai. Provavelmente nos próximos dois anos seremos capazes de investir mais em tecnologia e automação do que atualmente localmente».
DIFICULDADES PARA SE PRATICAR A LOGÍSTICA NO BRASIL
Gilberto Lima declara : « Temos varias oportunidades, em um país continental, com particularidades em termos de sazonalidade das demandas do mercadoe um sistema tributário complexo. Normalmente quando discutimos a questão de impostos com americanos e europeus, fica difícil para eles entenderem essa questão de incentivos fiscais por que é tão diferente de outros países, mas eu prefiro ver isso como uma oportunidade para nossa atuação local . Se temos um país assim,e ainda sem a infraestrutura ideal, temos de olhar para as oportunidades e encontrar caminhos que podem demorar 15, 20 anos talvez. É mais uma questão de oportunidade do que dificuldade ».
STOP ANG GO
O francês revela seu pensamento sobre a « economia brasileira ser um tipo de economia ‘stop and go’. Algumas vezes fica 3 ou 4 anos em situação difícil e em seguida volta ao patamar de 3 ou 4 anos de situação positiva. Essa é uma situação específica do Brasil. Nos precisamos nos acostumar a essa situação, temos uma estratégia muito clara para acelerar e se tornar um dos principais players de logística aqui no Brasil , nosso time é muito bom, engajado e temos uma a capacidade técnica operacional de alta performance também.