Segunda data mais importante para o varejo, a Black Friday perdeu força nesta semana, após um início de mês animador, e precisa voltar a acelerar a partir de hoje para atingir as projeções do setor.
A busca pelo cliente por melhores ofertas, que leva a um adiamento das compras para o dia de hoje (29), a data oficial do evento, pode explicar esse recuo no comércio on-line. Isso chegou a ocorrer em outros anos desde o lançamento da ação no Brasil, em 2010.
serviços, espera 0,4%, para R$ 5,2 bilhões, já descontada a inflação. Em termos nominais, portanto, a taxa ficaria em torno de 5%.
De acordo com Ramon Alcaraz, CEO da JSL, uma das maiores empresas de logística rodoviária do país, a companhia prevê aumento de 30% no volume movimentado de entregas na data frente a 2023, quando já registrou expansão. A Fadel Transportes, adquirida em 2020, foi a porta de entrada da JSL na logística do mercado de consumo on-line - a companhia tem como clientes o Mercado Livre e a Shopee, por exemplo.
Segundo Alcaraz, essa expansão representa cerca de 190 mil pacotes a mais em relação a média dos outros meses do ano - com a Fadel, a intenção é entregar cerca de 260 mil pacotes na data comercial. “Crescemos mais que o setor porque fomos avançando sobre essa logística mais recentemente e ganhando mercado”, diz ele.
Outras pesquisas têm sido divulgadas nos últimos dias. O varejo on-line registrou alta de 11,24% na primeira quinzena de novembro em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados publicados ontem pela Getnet, empresa de tecnologia de pagamento do grupo PagoNxt, do Santander.
O número de compras realizadas (transações) avançou menos, 2,90%, sinalizando que o crescimento pode ter ocorrido por aumento no valor vendido e ou no número de itens comercializados em cada compra.
No mesmo período de análise, o varejo de lojas físicas teve desempenho pior: apurou recuo de 1,08% em vendas, e com uma redução de 10,02% no volume de transações.
Dados preliminares da Neotrust Confi, já publicados pelo Valor, indicavam que as lojas haviam iniciado o mês de novembro mais fortes, com avanço acima da média da expansão do on-line.
Além dessa publicação, a Linx, do grupo StoneCo e especialista em tecnologia para o varejo, informou que as vendas nos canais on-line (sites e aplicativos) aumentaram 12% no último fim de semana em comparação com o mesmo período do ano passado.
Os “marketplaces”, que são plataformas que vendem produtos de lojistas de outras empresas, avançaram 22% em termos de valor, considerando a mesma base comparativa. Já existiam sinais, até o fim da semana passada, que os “marketplaces” avançariam mais que a média do on-line, por conta do fato de atuarem em diversos segmentos de consumo.
Fonte: Valor Econômico