O setor de operadores logísticos não espera um cenário de racionamento emergencial de combustíveis, segundo Marcella Cunha, presidente da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol), que reúne 31 grandes empresas do setor, como JSL, Sequoia, DHL e Fedex. Mas, caso seja necessário, as empresas “estarão a postos para contribuir para que [o racionamento] seja feito da forma mais responsável possível”, afirmou.
Para Maria Fernanda Hijjar, sócia-executiva doIlos(Instituto de Logística e Supply Chain), que foi contratado pela Abol para um estudo do setor, o risco de desabastecimento existe, mas há diversas ações para que esse cenário não se concretize.
“Não se pode dizer que não vai acontecer [o desabastecimento], porque há muita instabilidade. Entendo que o mundo se comporta de forma de tentar minimizar o risco de não ter diesel. Se acontecer, é como se fosse uma paralisação dos transportes e de outros setores que usam o diesel. É um risco que tentamos acreditar que não é tão alto assim. Porém, a minimização disso não está na mão dos operadores”, diz ela.
Entre as empresas do setor logístico, não há um consenso sobre a frequência ideal de reajustes de preços de diesel por parte da Petrobras. Porém, a maior parte defende reajustes não tão frequentes.
Para 27% dos que responderam a pesquisa, o reajuste deveria ser anual; 29% defendem o reajuste semestral; e 30% acreditam que deveria ser bimestral ou trimestral. Apenas 11% apontam o reajuste mensal como ideal e 3%, quinzenal. Os dados são de levantamento realizado pela Ilos, a pedido da Abol.