24/06/2021

Após ‘choque’ de energia barata, governo fala em ‘choque’ de oferta de Após ‘choque’ de energia barata, governo fala em ‘choque’ de oferta de

 Após ‘choque’ de energia barata, governo fala em ‘choque’ de oferta de Após ‘choque’ de energia barata, governo fala em ‘choque’ de oferta de


O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou nesta terça-feira que o Brasil, em breve, contará com três a quatro alternativas de acesso ferroviário a diferentes terminais portuários. Isso, segundo ele, vai propiciar um “choque” de oferta de transportes no país, com reflexos diretos no preço do frete.

“Isso significa choque de oferta. Se a gente tem choque de oferta, a gente vai ter os fretes caindo, e caindo bastante”, afirmou em audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, da Câmara dos Deputados.

O ministro da Infraestrutura explicou que, após o leilão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), trecho de Caetité a Ilhéus, na Bahia, serão investidos R$ 3,3 bilhões na malha e mais R$ 5 bilhões para construção do Porto Sul. "É uma ferrovia que vai começar operando com R$ 18 milhões de toneladas de capacidade para minério de ferro, mas que terá 60 toneladas de capacidade. É uma capacidade excedente que vai paulatinamente sendo usada”, afirmou ele, lembrando que o Estado tem um “agronegócio que vem crescendo muito”.

Além de falar da Fiol, Tarcísio explicou que será feita, “no futuro”, a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico). “Nós teremos um grande corredor de leste a oeste, assim como nós já temos um corredor de norte a sul, que vai desde o Porto de Itaqui ao Porto de Santos”, disse. Ele contou que o corredor leste-oeste vai começar inicialmente em Água Boa (MT) até chegar em Lucas do Rio Verde (MT) e, em seguida, “unirá o Brasil” levando carga até o Porto de Ilhéus.

Na audiência, o ministro contou que é possível perceber as obras de melhoria do transporte impactando o preço do frete de produtos. Ele afirmou que, após a pavimentação da BR-163 (MT) rumo a Miritituba (PA), o frete na direção aos portos da região Norte, o chamado “Arco Norte, caiu 26%. Isso reduziu em 11%, em média, o frete no Brasil por conta da competição gerada. “Pela primeira vez, movimentamos no Arco Norte a mesma quantidade de grãos, em volume, que nós movimentamos nos portos do Sul e do Sudeste”.

Parte deste ineditismo, disse Tarcísio, também foi constatada na competição com outros mercados. “Pela primeira vez, também conseguimos tirar a carga de Mato Grosso e levar para China em um preço mais barato do que o produto de Illinois ou de Minnesota, nos Estados Unidos. Isso também nunca tinha acontecido”, comemorou.

Segundo o ministro, a grande expectativa do setor ferroviário é a Ferrogrão, trecho de ligação Sinop (MT) e Miritituba (PA). Segundo ele, a nova ferrovia promete ser o projeto de transporte “mais transformador do país", que atuará como “um grande regulador de tarifa” de frete. "Se a pavimentação da BR-163 fez com que o frete caísse 26%, imagine o que vai acontecer com a entrada em operação da Ferrogrão".

O ‘choque’\
A declaração de Tarcísio remete ao “choque” de energia barata anunciado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, nos primeiros meses de governo. O chefe da equipe econômica se referia à previsão de abertura do mercado de gás natural no Brasil. Isto diminuiria o preço do combustível em 40%, o que seria capaz de reduzir as contas de luz e ainda estimular a reindustrialização do país.

O “choque” prometido por Guedes não se confirmou até o momento. Apesar da aprovação da nova Lei do Gás e da confirmação do plano de quebra do monopólio da Petrobras no segmento de gasodutos, a resistência das distribuidoras de gás e, mais recentemente, a conjuntura econômica na pandemia prejudicou os planos do ministro.

Em maio deste ano, houve sim uma variação da ordem de 40% no preço do gás, mas para cima. A Petrobras aplicou um reajuste de 39% no preço do gás natural fornecido para as distribuidoras.\
\
Fonte: Valor Econômico

Notícias Relacionadas
 CEVA desenvolve logística inversa para baterias elétricas

12/09/2025

CEVA desenvolve logística inversa para baterias elétricas

A CEVA Logistics está a desenvolver um serviço de logística inversa para baterias de veículos elétricos que chegam ao fim do ciclo de vida. A empresa criou uma rede de transporte e de ce (...)

Leia mais
 Andreani Logística aposta em Viana para continuar crescendo

10/09/2025

Andreani Logística aposta em Viana para continuar crescendo

Viana segue se consolidando como o principal polo logístico do Espírito Santo, a chegada da Andreani Logística é uma das provas disso. A multinacional argentina, que há 80 anos oferece s (...)

Leia mais
 Santos Brasil registra aumento na movimentação de contêineres em agosto

10/09/2025

Santos Brasil registra aumento na movimentação de contêineres em agosto

A Santos Brasil movimentou 140,8 mil contêineres em agosto, número 3,5% maior do que o registrado no mesmo mês de 2024, segundo relatório operacional divulgado nesta quarta-feira (3).

Leia mais

© 2025 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.