A criação de uma comissão formada por empresas, poder público e instituições responsáveis pelo atendimento de Pessoas com Deficiência (PCDs) foi uma das soluções propostas pelo advogado da Bravo Logística, Adriano Paredes, para que seja feita uma revisão da atual legislação sobre a contratação desse grupo por meio de cotas. O especialista entende que não basta garantir a admissão dos colaboradores, é necessário promover uma verdadeira inclusão.
O tema foi abordado durante reunião organizada pela ABOL, na manhã desta quinta-feira, com o tema “PCD's: desafios para ir além das cotas”. O encontro faz parte do cronograma da diretoria de Capital Humano, liderada pela gerente de Gente & Gestão da Bravo, Ana Tomé. “Temos noção da nossa responsabilidade e de como podemos contribuir. Não é apenas contratar, precisamos saber como integrar essas pessoas no nosso ambiente de trabalho”, reiterou a executiva, que vai centralizar os Operadores Logísticos interessados em participar da comissão.
Para Paredes, a atual legislação está fadada ao fracasso, pois cada empresa possui as suas particularidades. Ele observa ainda que a fiscalização, da forma como é exercida hoje, também não tem função social. “Não conseguimos cumprir as cotas, porque não existe o número de PCDs para as cotas e também há dificuldade em encontrar profissionais qualificados para essas vagas. Qual a política do governo para qualificar essas pessoas? As lacunas estão sendo preenchidas com decisões isoladas”, disse o advogado.