17/10/2022

ABOL Day traz importância de traçar um panorama do setor de transportes para atrair investimentos e melhorias

 ABOL Day traz importância de traçar um panorama do setor de transportes para atrair investimentos e melhorias



Para atrair investimentos e garantir melhorias a um setor, é preciso conhecer as suas peculiaridades e dificuldades. E é exatamente isso que a Confederação Nacional de Transportes (CNT) tem feito ao longo dos últimos anos por meio de pesquisas, que traçam um panorama do segmento de logística, com destaque para um diagnóstico completo, e frequentemente atualizado, dos modais rodoviário, ferroviário e aquaviário.


No último ABOL Day, realizado no dia 6 de outubro aos associados, a diretora executiva adjunta da CNT, Fernanda Rezende, trouxe alguns detalhes sobre os resultados de estudos e projetos desenvolvidos pela entidade. O objetivo é buscar o desenvolvimento do mercado de transporte - considerado fundamental para a economia brasileira -, colaborando para o planejamento estratégico das empresas.


Ao todo, já foram elaboradas mais de 450 pesquisas. O foco principal tem sido as rodovias, que representam mais de 65% da movimentação de cargas brasileiras. Além disso, são utilizadas por 90% das pessoas. A pesquisa CNT de Rodovias foi iniciada em 1995 para mostrar à sociedade a situação das estradas, cuja responsabilidade não é das empresas.


De acordo com Fernanda, o Operador Logístico investe em tecnologia, novos veículos e equipamentos, mas quando sai depende de uma malha viária, que muitas vezes é ineficiente, inexistente ou de qualidade ruim. Ela explica que os estudos mostram uma deficiência, cuja responsabilidade não é da empresa, mas gerada pela parte burocrática imposta pelo governo.


"Em 2021, verificamos que 61,9% das rodovias estão em condições regulares, ruins e péssimas, gerando um custo adicional de 30,9% ao transportador por trafegar em uma rodovia federal sem qualidade. Já nas rodovias de gestão concedidas (ou seja, com investimentos feitos pela iniciativa privada), foram apontadas 74,3% em situação, boa ou ótima", disse Fernanda, reiterando que o transporte não existe sem uma infraestrutura de qualidade.


Outro material elaborado pela CNT deixou clara a relação entre a deficiência da malha rodoviária e os investimentos, ou seja, foi identificado que ambos caminham de forma paralela. "Há uma influência direta. Quanto mais investimentos, a qualidade vai ser melhor. Foi uma descoberta interessante de como uma curva acompanha a outra", ressaltou Fernanda, fazendo um questionamento "sabe porque os pavimentos das rodovias não duram?".


Segundo análise feita pela Confederação, a resposta é simples: a norma técnica de desenvolvimento de pavimento das rodovias é da década de 60, quando os veículos eram de menor porte e circulavam em menor quantidade. "Hoje, os pavimentos novos não suportam o tráfego existente, o excesso de peso, entre outras características diferentes de outros períodos"


Quando se trata do modal ferroviário, a CNT atualiza mensalmente o painel do transporte ferroviário de cargas. Em relação ao transporte marítimo, é feita uma análise dos modais aquaviário, de cabotagem e navegação interior. "Levantamos entraves do setor e possíveis soluções, pois não adianta apenas fazer crítica do que está ruim, é preciso apontar propostas de melhorias".


O modal aéreo também tem espaço nos trabalhos desenvolvidos pela Confederação. Nesse caso, é feita a caracterização dos terminais de cargas do Brasil, destacando os aspectos gerais. "No primeiro estudo foi interessante, pois descobrimos que o terminal de carga não é classificado e não há definição consensual no Brasil. Com isso, acabou se tornando um manual".


O ESG também faz parte dos projetos da Confederação, com programas como o Despoluir, que há mais de quinze anos promove boas práticas de responsabilidade socioambiental no setor de transporte do Brasil. Uma das linhas de ação de maior destaque é a Avaliação Veicular Ambiental, visando melhorar a qualidade do ar, especialmente em áreas urbanas, diminuir a exposição dos transportadores a substâncias nocivas e estimular o uso racional de combustíveis.


Pesquisas transversais complementam o trabalho da CNT, como a publicação "O transporte move o Brasil - Propostas da CNT ao País" que, este ano, pela primeira vez, trouxe a criação de um marco regulatório para os Operadores Logísticos. A iniciativa atendeu o pedido da ABOL. A instituição da figura do OL é mencionada nas páginas 20 e 21 da terceira edição do material, entregue aos candidatos à Presidência da República.


Sest Senat
As ações realizadas pelo Sest Senat também foram levadas ao ABOL Day pela coordenadora executiva de comunicação do Sistema CNT, Livia Cerezoli. Os serviços buscam transformar a realidade dos trabalhadores do transporte e dos seus dependentes e contribuir para elevar a competitividade dos transportadores por meio da educação profissional e da promoção da saúde e da qualidade de vida.


Criado em 1993, o Sest Senat conta com 160 unidades espalhadas pelo Brasil, impactando 4 mil municípios com as suas atividades, que incluem cursos, palestras, missões internacionais e eventos de saúde e segurança. "Acreditamos na necessidade de aumentar o conhecimento para tornar o setor mais forte e competitivo", destacou Livia. Os trabalhadores contam com atendimento médico e odontológico gratuitos, programas de saúde física e mental, treinamento com simuladores, entre outros.


Mais informações podem ser obtidas no site da CNT www.cnt.org.br



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