Por Paulo Sarti, diretor-presidente da Penske Logistics Brasil
Otimização de despesas e redução do tempo de distribuição dos produtos ao menor nível possível estão entre os fatores mais valorizados pelos clientes atualmente. Em um cenário de competição acirrada e escassez global de recursos, implementar e operar a cadeia de suprimentos de maneira assertiva e eficiente representa não só uma vantagem em relação aos concorrentes, mas, em muitos casos, a própria competitividade da empresa.
Entre as iniciativas para colocar isso em prática está a criação de um hub de distribuição. O primeiro passo, obviamente, é a escolha do local, e a decisão deve se pautar por dois fatores principais: proximidade das vias de escoamento (na realidade brasileira, prioritariamente, as rodovias) e localização de parceiros estratégicos. No caso da Penske, nosso primeiro hub foi instalado em Guarulhos, na Grande São Paulo, com capacidade para carregar até 30 veículos por dia e realizar controles e movimentações de 1500 m³.
O funcionamento da instalação é baseado no conceito de crossdocking, no qual a Penske Logistics foi pioneira, há mais de 30 anos, em que cargas de diferentes localidades são transferidas para o hub e consolidadas antes da distribuição. Alguns meses após o início da operação, pudemos observar ganho de eficiência devido à otimização das etapas de movimentação de cargas, a melhoria na qualidade das entregas (principalmente de produtos que demandam mais cuidado no manuseio) e um controle maior sobre o que está sendo transportado.
Além das avaliações positivas recebidas pelos clientes envolvidos no projeto (incluindo melhorias do ponto de vista da sustentabilidade), o hub foi um passo fundamental para reforçar o posicionamento da Penske como empresa em constante modernização, uma das marcas da nossa atuação de quase 25 anos no Brasil. Fruto de investimento de aproximadamente R$ 4 milhões, representa, também, importante contribuição para o ecossistema logístico brasileiro.
O desafiador cenário atual, composto por falta generalizada de insumos e dificuldades no transporte internacional de cargas, causados sobretudo pela pandemia e o conflito no Leste Europeu, impõe ainda mais fortemente a necessidade constante da revisão e atualização de processos e estruturas. A capacidade de se adaptar às inúmeras – e imprevisíveis – variáveis do setor deve ser, sempre, nosso principal ativo.