Não faltam desafios, assim como também foram geradas boas oportunidades. Ainda não é possível falar em período pós pandemia, porém o avanço da vacinação já tem levado a uma perspectiva positiva para o setor de logística nos próximos dois anos, conforme destacado pela diretora executiva da ABOL, Marcella Cunha, durante a participação na Rota Digital Fenatran, realizada na tarde desta quarta-feira.
Ela integrou o Painel Visão Estratégica: análise dos desafios e oportunidades para o 2º semestre/2021 ao lado do presidente do Conselho Superior e de Administração do SETCESP, Tayguara Helou, que também observa um cenário formado por empresários motivados, investindo, capacitando pessoas e ampliando operações. Segundo Marcella, há uma recuperação gradual do volume de cargas que os operadores logísticos vêm transportando, com perspectiva positiva de aumento da curva, devido a intensificação da imunização dos brasileiros.
“A gente espera que a partir daí ocorra uma retomada da economia a nível nacional. Notamos também, nos últimos meses, uma intensificação dos investimentos em logística em geral, principalmente nos segmentos do varejo e e-commerce. Vemos várias empresas adotando diversos modelos de omnichannel para atender os seus clientes, utilizando e apostando muito em tecnologia. Há estímulo para inovação dentro das empresas e uso de novas tecnologias em prol da eficiência e da produtividade”, explicou.
Ao mesmo tempo em que se discute a retomada do mercado, fala-se também em desafios a serem superados. Nesse sentido, a diretora da ABOL lembrou do envolvimento dos operadores na armazenagem, controle de estoque e distribuição das doses de vacina contra a covid-19 e seus insumos. Foram milhões de doses transportadas seguindo um rígido protocolo do Ministério da Saúde para garantir a integridade da mercadoria.
“Foi um desafio nobre, mas as empresas se adequaram e atenderam a altura, garantindo a conservação e a temperatura adequadas, principais preocupações do governo durante o processo. Os operadores não pararam de trabalhar. Um levantamento mostrou que 92% dos funcionários dessas empresas não tiveram a opção de home office, sendo essenciais para que as atividades produtivas no Brasil não parassem”, destacou Marcella, apontando a incerteza econômica como um desafio ainda mais difícil de ser vencido, já que impacta diretamente nos custos fixos e variáveis das empresas.
Oportunidades e Sustentabilidade\
A afirmação “é na crise que aparecem as melhores oportunidades”, também veio à tona durante o evento da Fenatran. No caso dos Operadores Logísticos, Marcella acredita que as logtechs foram e continuam sendo o centro das atenções nesse período de grandes transformações. “Estamos numa fase de pensar fora da caixa. É o momento das aceleradoras de startups e startups se congregarem mais aos operadores, às empresas que precisam de soluções rápidas e não conseguem fazer isso dentro de casa. Além disso, elas têm se mostrado fundamentais para aquelas que estão muito focadas em políticas de ESG”.
Quando o assunto foi a preservação do meio ambiente, a diretora da ABOL afirmou que as operadoras estão prontas para criar um país mais limpo por meio de ações mitigadoras e o estabelecimento de metas audaciosas. Entre as empresas engajadas na sustentabilidade, a DHL, por exemplo, estabelece políticas de racionalização de uso de insumos e investe, em instalação de usinas solares em plantas logísticas. Já a GEFCO também é outra que adotou cobertura de alguns pátios de veículos com placas fotovoltaicas e também atua muito próximo às montadoras e fornecedores de bateria para veículos, para garantir a correta gestão de todo o ciclo de vida das baterias até a correta destinação final.
A Coopercarga estabeleceu a meta de, até 2026, ter toda a sua frota eletrificada e já iniciou esse processo com uma recente compra robusta de caminhões elétricos. A FM Logistic também quer estar inserida no mercado como uma empresa de logística “green”, que se preocupa com o meio ambiente e a sustentabilidade. Para isso, tem investido em frota de veículos ecológicos (elétricos, híbridos, a gás ou hidrogênio).
Isso sem contar a adesão a certificações e programas ligados à sustentabilidade, inclusive internacionais e a adesão ao "Pacto global da ONU -"Objetivos de desenvolvimento sustentável", como é o caso do Grupo Toniato, que, inclusive, usa Torre de Controle para fazer toda a gestão do CO2 emitido nas operações. “As empresas também já trabalham com a destinação final correta das baterias para veículos. Está claro que elas já acordaram para esse tema e estão adotando medidas de altíssimo impacto”, finalizou.
Fonte: Assessoria de Imprensa
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