O avanço da vacinação contra o coronavírus já traz expectativas positivas para os Operadores Logísticos. No entanto, para chegar até aqui, as empresas superaram desafios e trabalharam incessantemente para evitar que o Brasil parasse. Hoje, elas colhem os frutos de investimentos mantidos e estratégias adotadas para manter a eficiência e a competitividade. Ao olharem para trás, são vistos muitos obstáculos que ficaram pelo caminho. Ao pensarem no futuro, as companhias acreditam que o mercado está pronto para o processo de transformação que já começou a acontecer. Nesta edição da Newsletter da ABOL, a Multilog, BBM e Santos Brasil contam um pouco das suas ações no auge da crise sanitária.
A Multilog estimava um crescimento de 15% em 2020 no comparativo com o ano anterior, quando foi surpreendida pela pandemia. No entanto, o cenário atípico não trouxe grandes prejuízos para a empresa, que apesar do receio em relação ao desconhecido, registrou um mês de junho de 2021 recorde em termos de movimentação. Não foi possível chegar ao incremento almejado, mas, ainda assim, houve uma alta de 8% no período.
Quando se trata de investimentos, a Multilog não recuou, mantendo os planos, que incluíram a destinação de um montante de R$ 20 milhões em equipamentos, renovando a frota de empilhadeiras, e melhorando os sistemas, com a aquisição, por exemplo, de um novo WMS, entre outros. Em paralelo, foi revista a estratégia de crescimento, continuando a perseguir em 2021 os 15% sobre 2020.
O avanço tecnológico também fez parte das ações da Multilog. “Com a nossa ferramenta Genius em constante evolução, apostamos cada vez mais na digitalização. Mas um dos destaques durante a pandemia foi que junto com a Receita Federal fomos um dos primeiros operadores a desenvolver a vistoria remota, algo que se tornou uma realidade. Com o uso de óculos de realidade virtual, não é mais necessário que a fiscalização seja feita in loco”, mencionou o CEO da operadora, Djalma Vilela.
Segundo ele, o projeto da Multilog em Viracopos foi replicado pela Receita em vários outros lugares. “Sabemos que a automação e a digitalização são processos de melhoria contínua, mas temos sentido a repercussão dos investimentos na melhoria da eficiência operacional e produtividade dos armazéns”, disse.
BBM\
A BBM Logística desenvolveu um plano de contingência para os motoristas e demais prestadores de serviço. A iniciativa foi considerada imprescindível para que a empresa garantisse o acesso e a atenção médica fora do Brasil, em caso da apresentação de sintomas. A medida fez com que os colaboradores se sentissem acompanhados em cada viagem, não apenas na parte de prevenção, mas também oferecendo uma tranquilidade, já que, se necessário, seriam socorridos no lugar onde estivessem. Para isso, a BBM precisou conhecer e entender as diversas barreiras sanitárias dos país impostas pela disseminação da covid-19
A crise sanitária também foi marcada pela ampliação do portfólio de soluções da BBM. Hoje, a operadora atua em praticamente todos os segmentos da economia e em todas as fases da cadeia de suprimentos, um diferencial fundamental na atual realidade. Para alcançar essa posição, foram feitos intensos investimentos no aporte de tecnologia nos processos de digitalização das operações, rapidamente ajustando a estrutura e a disponibilidade de equipamentos, ampliando a atuação em segmentos essenciais, como: e-commerce, farmacêuticos, alimentícios, higiene e limpeza.
Além disso, a empresa ingressou nos setores de varejo, grandes marketplaces, petroquímico e farmacêutico. A mudança exigiu adequações em infraestrutura, sistemas e processos, porém o movimento foi facilitado, devido aos investimentos já em andamento na robustez e flexibilidade de absorção das mudanças nestes itens. Segundo a BBM, vale ressaltar ainda que, com base nos conceitos end-to-end (E2E), ou seja, operando desde a matéria-prima até o cliente final e a partir de uma atuação omnichannel, que atende todos os canais de venda dos clientes, foi criada uma empresa totalmente focada no cliente, gerando soluções inovadores que ainda não haviam sido aplicadas no Brasil.
Santos Brasil\
Apesar de ter sentido os impactos da crise sanitária, a Santos Brasil também seguiu com os investimentos, certa de que o setor, considerado essencial no abastecimento do País e no desenvolvimento da economia brasileira, teria rápida recuperação. Além disso, era preciso garantir a produtividade e manter a eficiência para atender a demanda, que estava por vir, quando a pandemia se estabilizasse. E foi justamente ao trilhar esse caminho que a empresa encerrou o terceiro trimestre deste ano com recorde histórico de movimentação consolidada de contêineres para o período: 337.183 unidades movimentadas, um crescimento de 31,3% na comparação com o mesmo período de 2020.
O desempenho da companhia foi beneficiado pelo elevado fluxo de contêineres nos portos brasileiros, em especial no Porto de Santos, cuja retomada já havia se intensificado no último trimestre de 2020, nos volumes de exportação e, também, de importação, em função da recuperação do comércio global estimulada pelo avanço da vacinação contra a Covid-19. Mas, não foram apenas esses os motivos que levaram a Santos Brasil a números tão positivos.
A operadora manteve o seu planejamento estratégico, investindo R$15 milhões na aquisição do novo TOS (Terminal Operating System - sistema operacional do terminal, em português). O valor faz parte do projeto de investir R$40 milhões neste ano na troca de softwares e equipamentos que permitirão maior utilização da inteligência artificial no planejamento e operação dos terminais para aumentar ainda mais sua eficiência, de forma a atender com mais agilidade seus clientes. O resultado será melhorias no seu nível de serviço, de planejamento e ganhando competitividade.
O objetivo é deixar os terminais portuários da empresa prontos para atender o crescimento da demanda e, no caso específico de Santos, atender com agilidade os grandes navios (de 366 metros), que devem começar a chegar ao complexo marítimo. Também foram destinados recursos à compra de dois portêineres de última geração, que chegaram ao Tecon Santos em fevereiro do ano passado e entraram em funcionamento em abril do mesmo ano na última semana após a fase de montagem, testes e ajustes finos.
Os equipamentos agregam mais segurança e precisão à operação, pois são dotados da tecnologia TPS (Truck Position System – sistema de posicionamento de carretas) que define de forma precisa o local de parada das carretas utilizadas no embarque e desembarque de cargas. A Santos Brasil será a primeira no país a dispor desse conjunto tecnológico, além de OCRs acoplados com a função de identificar a numeração dos contêineres.
29/11/2024
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