Empresas de transporte marítimo e terrestre avaliam que as melhorias dos acessos terrestres aos portos brasileiros serão essenciais para o aumento da produtividade do comércio exterior nacional. O diretor-executivo do Centro Nacional de Navegação Transatlântica (Centronave), Cláudio Loureiro, disse que as preocupações dos transportadores marítimos de longo curso vão muito além do acesso aquaviário, uma vez que a navegação está intimamente associada à infraestrutura logística terrestre. Ele relatou casos de navi os de empresas associadas que precisaram desatracar do Porto de Santos com somente 50% da carga prevista porque a carga estava presa nas estradas.
Loureiro disse que é preciso planejar bem os acessos e que a infraestrutura chegue antes da necessidade. "Nossa maior preocupação com a desestatização do porto \de Santos] é a conexão com outros serviços de infraestrutura não incluídos \[nesse processo]", disse Loureiro, nesta terça-feira (24), no segundo dia da Santos Export. Ele ressaltou que a produtividade global da operação depende da velocidade, ritmo e fluidez das cargas, que precisam estar prontas para embarque no momento da atracação. Segundo o executivo, existem diversas questões que se refletem na pilha do terminal em terra.
O diretor de concessões rodoviárias do grupo EcoRodovias, Rui Klein, comentou que a participação rodoviária continuará sendo importante, mesmo com a expansão prevista para a malha ferroviária, por ser uma cadeia necessária para alimentar o porto. Ele contou que existem melhorias a serem feitas na entrada de Santos previstas para começar em 2022. “Nos últimos 10 anos, muitos acessos e melhorias rodoviárias foram implementadas, numa sucessão de eventos, enquanto a ferrovia também cresceu", destacou. Klein acredita que nenhum projeto de infraestrutura hoje possa abrir mão do ‘convívio multimodal’.
O diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Fernando Paes, destacou que a intermodalidade está evoluindo no Brasil e que a ferrovia terá participação relevante nos próximos anos. Paes observa oportunidades de aumento da movimentação de grãos, contêineres, celulose e carga geral. Ele acrescentou que o transporte por caminhões sempre vai complementar a logística nas pontas.
A ANTF avalia que as novas concessões e as renovações de contratos do setor ferroviário serão importantes para aumentar o portfólio e experimentar um momento de novos investimentos privados, semelhante ao que o setor portuário vem experimentando nos últimos anos. “Não existe risco. O setor ferroviário nunca esteve num momento tão virtuoso como está vivendo agora”, afirmou. Segundo Paes, o portfólio do setor está robusto e factível, o que favorece aportes de empresas privadas em acessos ferroviários ao Porto de Santos para escoamento da produção de grãos.
Fonte: [Portos e Navios
29/11/2024
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