Marcelo Saraiva, CEO da Brado
São muitos os desafios para o setor de logística em um país de dimensões territoriais como o Brasil, caracterizado pela diversidade de riquezas tanto no setor agrícola quanto no industrial e carente de uma infraestrutura adequada.
A solução mais eficiente para resolver os principais gargalos logísticos e atender com eficiência a cadeia produtiva nessas condições é a integração dos modais. Esse processo de transformação é árduo e longo, e passa pela necessidade de investimentos em tecnologia, segurança e aumento de capacidade em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.
Antes de investir, porém, é necessário planejamento para que esses recursos sejam corretamente destinados. A base do desenvolvimento socioeconômico do país está diretamente relacionada à capacidade de atrair, direcionar e gerar investimentos em infraestrutura. Nos últimos anos, estamos acompanhando mudanças positivas, com o aumento de investimentos oriundos da iniciativa privada.
Fomentar novas parcerias público-privadas é essencial para seguirmos avançando na integração entre os modais e no equilíbrio da matriz de transporte brasileira. Para que esse cenário de investimentos massivos seja consolidado, é necessário estruturar contratos de longo prazo, feitos com toda segurança jurídica e regulatória para impactar positivamente a infraestrutura e a economia do país.
Vale ressaltar ainda a necessidade de avanços na aderência de novas tecnologias e na conjuntura estrutural das organizações. O desafio dos operadores logísticos consiste na transformação digital, tanto no campo profissional quanto dos processos, principalmente, no setor de infraestrutura. O chamado conceito da indústria 4.0 é essencial para contornar as deficiências da infraestrutura do país e manter-se competitivo no mercado.
A Brado é o único operador que faz a logística multimodal com ativos ferroviários próprios. Nosso desafio aqui está em trabalhar junto aos clientes a relevância da multimodalidade, usando sistemas conectados e inteligentes para gerar valor.
A integração entre os modais para o deslocamento de cargas permite tornar o processo mais simples, incrementa a segurança das rodovias e ainda proporciona uma logística de baixo carbono, contribuindo de forma significativa para o meio ambiente. Todo o processo é construído de forma inteligente: rodovia para curtas distâncias e ferrovia para rotas mais longas. Os terminais estão posicionados estrategicamente no país, planejados para soluções que garantam a melhor distância entre gente que produz e gente que consome.
Um exemplo claro é a operação que fazemos em Mato Grosso. Nesse estado, nossos clientes podem levar suas cargas por curtas distâncias rodoviárias até o nosso terminal em Rondonópolis, que fica no sudeste do estado. De lá, podem escoar pela ferrovia para a exportação no Porto de Santos ou distribuir a partir do nosso terminal em Sumaré. Instalado na região metropolitana de Campinas, esse terminal funciona como um hub estratégico para diversos mercados produtores e consumidores.
Todo o processo logístico é acompanhado por tecnologias de agendamento e rastreamento. A empresa oferece aos clientes plataformas que dispõem de agendamento e check-in por geolocalização e informações em tempo real sobre a logística da carga, permitindo inclusive fazer o controle de temperatura nos produtos congeladas, entre outras funcionalidades.
Outro ponto fundamental para a importância da multimodalidade é a sinergia com a agenda ESG. A empresa disponibiliza ao cliente o Green Log, uma ferramenta que calcula os benefícios proporcionados pela multimodalidade logística. Além dos valores mensais e totais de emissões de gás carbônico evitadas, há detalhes como o indicador de emissão ferroviária, que expressa os gramas de CO2 não-lançados no meio ambiente para cada unidade de peso transportada e distância percorrida.
Ao optar pelo transporte multimodal, nos últimos 12 meses, nossos clientes deixaram de lançar mais de 280 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera. Isso equivale à emissão de mais de 60 mil carros. Seriam necessárias mais de 2 milhões de árvores para absorver todo esse CO2. Mais do que nunca, priorizamos mecanismos robustos e soluções que contribuam para uma matriz energética limpa.
Com atuação cada vez mais adaptada às necessidades do mercado interno, de exportação e importação, a Brado preza pela excelência na movimentação de cargas no Brasil e contribui de forma decisiva para o equilíbrio da matriz de transporte do país.
25/11/2024
Movecta expande operação de estufagem de contêineres para exportação de commodities
A Movecta, uma das maiores empresas de logística integrada do país, está expandindo sua operação de estufagem de contêineres para exportação de commodities agrícolas. A estrutura impleme (...)