17/07/2024

Galpões logísticos atingem menor vacância da série histórica em SP, aponta Colliers

 Galpões logísticos atingem menor vacância da série histórica em SP, aponta Colliers



Impulsionados pelo e-commerce e pelo varejo, os galpões logísticos atingiram uma taxa de vacância de 9,6% em São Paulo no segundo trimestre deste ano – o menor patamar da série histórica da Colliers, iniciada em 2011 –, segundo dados divulgados nesta terça-feira (16).


A queda da vacância foi acompanhada por um aumento no preço médio do aluguel, que subiu 2,8% ante o primeiro trimestre e 16,73% em relação ao mesmo período do ano passado, ultrapassando a barreira dos R$ 29 por metro quadrado.


A CEO da Colliers no Brasil, Paula Casarini, afirma em nota que a baixa vacância “se deve ao forte interesse dos inquilinos, especialmente do setor de e-commerce, por novos espaços”. A executiva também destaca que, em áreas de maior demanda – como no raio de 30 km de São Paulo – os aluguéis já superam os R$ 33 por m². “E nossa expectativa é de que continue subindo nos próximos meses”.


A Colliers é uma consultoria internacional, especializada em imóveis e investimentos, listada na Nasdaq (CIGI). Ela tem operações em 63 países e 18 mil profissionais, com uma receita anual de US$ 4,6 bilhões e mais de US$ 92 bilhões em ativos sob gestão.


A queda da vacância em São Paulo é resultado de um absorção bruta de 708 mil m² e líquida (saldo entre locações e devoluções) de 381 mil m², segundo a consultoria. O e-commerce e o varejo protagonizaram as principais locações, que ocorreram em Cajamar e Guarulhos – as duas cidades tiveram as 4 maiores locações e 60% de todo inventário locado no estado no primeiro semestre.


As devoluções também se concentraram nas regiões de Guarulhos e Cajamar, além de Jundiaí e Campinas, e o destaque negativo foi para os setores de transporte e logística.


Para os próximos anos, a pesquisa mostra que o estado tem mais de 1,5 milhão de m² de condomínios logísticos em construção e mais de 6 milhões de m² em projeto. A região metropolitana de São Paulo (Guarulhos, Grande ABC e Embu) têm os empreendimentos já em construção, enquanto Campinas, Cajamar e Jundiaí lideram os futuros projetos.


Cenário nacional


A Colliers também divulgou números do mercado logístico nacional, que voltou a superar 1 milhão de m² locados em um único trimestre. As maiores locações ocorreram em São Paulo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Minas Gerais, com destaque – novamente – para o e-commerce.


O setor foi responsável por 32% de todas as locações no país, seguido por varejo, transporte e logística. Varejo, transporte e logística, no entanto, também foram responsáveis pelas principais devoluções no período.


A absorção bruta nacional foi de 1.188.457 m² e a área devolvida, de 464.089 m², e o que resultou em uma absorção líquida positiva de 724.368 m² em todo o país. O cenário positivo ocorreu mesmo com um crescimento no inventário existente, que se aproximou dos 27 milhões de m² – uma alta de 11% na comparação anual.


Considerando as novas entregas e o saldo positivo de locações, a taxa de vacância no país encerrou o trimestre de maneira estável, em 10%. A CEO da Colliers diz que “o mercado tem permanecido nesta faixa desde o terceiro trimestre de 2021, mesmo com o forte volume de entregas nos últimos anos. Isso indica o interesse dos inquilinos por esses ativos”.


Na batalha dos preços, o valor médio pedido continuou subindo e atingiu R$ 27 por m². Os maiores valores de locação estão em São Paulo (R$ 29,03/m²), Amazonas (R$ 29/m²), Distrito Federal (R$ 28/m²) e Paraná (R$ 27,79/m²) e os menores, no Rio Grande do Norte (R$ 22/m²), Ceará (R$ 22,19/m²) e Rio Grande do Sul (R$ 22,33/m²).


Casarini destaca que a construção de novos galpões também está aquecida no Brasil: há atualmente 3,6 milhões de m² em construção, que devem ser entregues ao longo dos próximos anos, alta de 22% na comparação anual. “Os preços subiram nos últimos trimestres, e acreditamos que devem continuar em tendência de alta pelos próximos meses. Além disso, nossa expectativa é de que a taxa de vacância permaneça em níveis saudáveis até o final do ano, próxima de 10%”.


Fonte: Infomoney



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