Com impacto do câmbio, a Wilson Sons registrou lucro líquido de R$ 16,3 milhões no segundo trimestre – sendo R$ 14,2 milhões atribuídos aos sócios controladores. O resultado representa queda de 86,5% ante lucro de R$ 120,6 milhões reportado no mesmo período de 2021.
Em comentários que acompanham o informe de resultados, a empresa atribui o desempenho mais fraco, em especial, aos impactos de variação cambial. Excluindo os movimentos cambiais, a Wilson Sons teria reportado um lucro líquido de R$ 65,9 milhões, alta de 21,4% no comparativo anual.
A receita líquida, por sua vez, cresceu 6% entre abril e junho na base anual, para R$ 539,5 milhões. A alta, segundo a Wilson Sons, se deve aos maiores volumes e preços no negócio de logística internacional (Allink); maior receita média por manobra na divisão de rebocadores; maior atividade operacional na unidade de bases de apoio offshore e ao aumento em conversões e docagem para terceiros no negócio de estaleiros.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 201,2 milhões no período, queda de 8,8% no comparativo anual. Nesse caso, o resultado foi afetado principalmente pela equivalência patrimonial de joint ventures, com a depreciação do real no trimestre impactando negativamente itens de balanço como impostos diferidos ativos e itens monetários líquidos.
A empresa viu as despesas gerais aumentarem 9,8% no trimestre, somando R$ 320,4 milhões, impulsionadas pelos custos de matéria-prima (alta de 35,1%), com aumento dos preços de combustíveis na divisão de rebocadores.
Fonte: Valor Econômico