Com o aumento da atividade das termoelétricas em 2021, a Wilson Sons registrou, de janeiro a outubro, um recorde de operações ship-to-ship. Os rebocadores da companhia atuaram em mais de 15 operações para transferência de gás natural liquefeito (GNL) de navios gaseiros para Unidades Flutuantes de Armazenamento e Regaseificação de Gás Natural (FSRU, na sigla em inglês). A maioria ocorreu no terminal da Celse, em Barra de Coqueiros (SE), seguida pelo terminal da GNA, no Porto do Açu (RJ).
Somente no mês de outubro, foram seis operações STS, sendo uma delas com um navio do tipo Q-Flex, considerado um dos maiores do mundo, com capacidade para 215 mil m³ de gás, um recorde para o setor. Até o fim deste ano, estão previstas outras cinco operações em Sergipe. “O ano de 2022 também promete bons resultados para o mercado de apoio portuário no setor de GNL. Três novos terminais devem entrar em operação: um em Barcarena, o Gás Sul em Santa Catarina e o terceiro em Suape”, destaca Elísio Dourado, diretor Comercial da unidade.
Hoje, cinco terminais de GNL, que utilizam FSRUs, estão em operação no Brasil. São três da Petrobras, um da Celse e um da GNA. A Wilson Sons atua na unidade da Petrobras em Pecém (CE), além dos terminais da Celse e da GNA. “A perspectiva se mantém positiva no médio prazo, com a possibilidade da entrada de novos operadores no mercado para projetos de gas to wire, quando a termelétrica é implantada próxima ao campo produtor de gás natural, e de small scale (GNL em pequena escala)”, avalia Dourado.
A Wilson Sons conta com 80 rebocadores, a maioria com propulsão azimutal. Neste ano, a companhia iniciou a construção de uma série de outras seis embarcações de alta potência em seu estaleiro no Guarujá (SP). “As novas unidades terão padrão IMO Tier III, com redução de mais de 75% das emissões de óxidos de nitrogênio, que é considerado um gás do efeito estufa”, conta o diretor.
De acordo com a própria Wilson Sons, as operações STS de GNL são de alta complexidade e exigem um grau elevado de segurança, principalmente quando realizadas em mar aberto, onde as circunstâncias de navegação demandam grande atenção. “Segurança é, sem dúvida, um dos principais pilares do Grupo Wilson Sons. Além da experiência de nossos profissionais, contamos com uma estrutura robusta. Juntos são diferenciais para os clientes desse setor. Isso porque trabalhamos com eles desde o planejamento do projeto e de cada operação, e não somente na execução, o que nos possibilita garantir o sucesso do trabalho, mesmo com alto nível de complexidade”, explica Dourado.
Um importante aliado nesse quesito é a Central de Operações de Rebocadores (Cor). A unidade monitora as embarcações 24 horas por dia, em tempo real, por meio da rede de antenas de AIS e utiliza tecnologias como inteligência artificial para elaboração de estratégias de manobras. A divisão de rebocadores conta, ainda, com o Centro de Aperfeiçoamento Marítimo, composto por um simulador de manobras próprio, apto a prever diferentes cenários operacionais. O equipamento é utilizado para treinar sistematicamente o quadro de profissionais marítimos, gestores e equipes de apoio da empresa, além de também ser utilizado por clientes e parceiros para a preparação e testes de projetos e operações de grande porte.
Fonte: Tecnologística
27/11/2024
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