Em mais um passo pioneiro rumo à neutralização de suas emissões até 2040, a Santos Brasil adquiriu 35 caminhões movidos a gás natural comprimido (GNC) para operar no Tecon Santos, um dos maiores e mais eficientes terminais de contêineres da América do Sul, localizado no Porto de Santos (SP). Com a chegada dos veículos em 3 de janeiro, o Tecon Santos tornou-se o primeiro terminal portuário do Brasil a adotar caminhões movidos a GNC em suas operações. Trata-se também da primeira vez que a Scania fornece este modelo de veículo para transporte de contêineres dentro de um terminal portuário no mundo.
A Santos Brasil investiu R$ 40 milhões na nova frota, que substituirá gradualmente os modelos mais antigos. Comparado aos caminhões movidos a diesel atualmente em operação no Tecon Santos, a previsão é de que os novos veículos reduzam as emissões de CO₂ em até 20%. No momento, além dos 35 caminhões movidos a GNC, o terminal opera com outros 140 caminhões a diesel, que serão substituídos de forma progressiva por opções mais modernas e sustentáveis nos próximos anos.
Os caminhões adquiridos são do modelo P 340, configurados especificamente para atender às necessidades operacionais do Tecon Santos após um estudo detalhado. Com motor de 9 litros, 340 cavalos de potência e torque de 1.600 Nm entre 1.100 e 1.400 rpm, os veículos são equipados com a transmissão Scania Opticruise G25CM de 14 marchas, que garante trocas rápidas e eficiente aproveitamento do torque. O entre-eixos de 3.950 mm acomoda perfeitamente os oito cilindros de gás, enquanto o eixo traseiro R885 assegura uma robusta capacidade máxima de tração (CMT) de até 78 toneladas.
Os veículos também contam com freio auxiliar hidráulico Scania Retarder, de 4.700 Nm de capacidade de frenagem, aumentando a segurança durante as operações. Para atender às demandas do terminal, a Santos Brasil implementou um sistema eletrônico de coleta de dados resistente a altas temperaturas, que transmite ao motorista as instruções operacionais em tempo real. O abastecimento da frota será realizado em um posto de gás natural em fase de implantação no próprio terminal.
Essa iniciativa integra o projeto de ampliação e modernização do Tecon Santos, que aumentará sua capacidade anual de movimentação de contêineres dos atuais 2,6 milhões de TEUs para 3 milhões de TEUs até 2026, com investimentos que ultrapassam R$ 2,5 bilhões.
De acordo com Bruno Stupello, diretor de Operações de Terminais Portuários da Santos Brasil, a adoção de caminhões movidos a gás natural – um combustível de transição mais limpo que o diesel – reflete o compromisso da Companhia com a sustentabilidade e eficiência operacional. A iniciativa está alinhada ao Plano de Transição Climática da Santos Brasil, que tem como metas reduzir em 70% as emissões diretas de GEE (escopos 1 e 2) e em 30% as emissões indiretas (escopo 3) até 2040.
No ano passado, a entrada em operação de oito RTGs (guindastes de pátio) elétricos marcou um importante avanço no compromisso ambiental da Santos Brasil. Os novos RTGs, que substituirão todos os modelos a diesel até 2031, evitarão a emissão de mais de 700 toneladas de CO₂ por mês, reduzindo em 97% as emissões desses equipamentos no terminal.
"Temos uma visão de desenvolvimento sustentável de longo prazo, em que o ser humano e o meio ambiente são protagonistas. Nosso objetivo é sermos uma empresa cada vez mais eficiente, inovadora e alinhada às melhores práticas ESG, oferecendo serviços que atendam às expectativas da sociedade, clientes e usuários do porto", afirma Stupello.Alex Nucci, diretor de Vendas de Soluções da Scania Operações Comerciais Brasil, afirma que se trata de uma parceria inédita para o Brasil e para a Scania globalmente com a Santos Brasil no uso de caminhões a gás. "Será a primeira operação apenas com caminhões a gás em um porto da história do país. E, também não há operação similar utilizando veículos da marca em qualquer outro país. É, sem dúvida, um momento histórico para a diminuição das emissões no transporte portuário e da maturidade das alternativas mais sustentáveis ao diesel", diz. "Da mesma forma que a Scania, a Santos Brasil tem a sustentabilidade no centro de suas ações. Essa operação inédita trará inúmeros benefícios para a logística da empresa cumprir metas de descarbonização", completa Nucci.