17/10/2022

Prosperidade do agronegócio explica ‘dois países’ em um só

 Prosperidade do agronegócio explica ‘dois países’ em um só



As áreas do Brasil dominadas pelo agronegócio tiveram crescimento médio real de 29,4%, bem acima das regiões não agrícolas entre 2019 e 2022, em comparação ao quadriênio anterior. Segundo cálculos do economista Braulio Borges, da LCA Consultores, no restante do país a alta foi de 3,8%. A produção do agro representa 8% do PIB brasileiro, mas pode chegar a 28% se incluídos serviços e toda a cadeia. Levando em conta valores deflacionados pelo IPCA, o PIB agropecuário foi de R$ 2,08 trilhões no período.


Essa alta se deve principalmente à elevação dos preços das commodities e ao real desvalorizado. Em volume, o PIB do agropecuário - que diz respeito à produção e não a toda cadeia - cresceu, em média, 1% ao ano entre 2019 e 2022, enquanto o PIB nacional avançou 1,1%.


Esse Brasil - cuja renda tem se expandido acima da média nacional e que passou com menos turbulências do que o restante do país pelas últimas recessões e pela pandemia - ajuda a explicar o endosso do setor ao bolsonarismo, afirmam especialistas.


No 1º turno da eleição, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve 48,43% dos votos, e Jair Bolsonaro, 43,20%. O atual presidente venceu no Centro-Oeste, Sul e Sudeste, sobretudo onde predomina o agro: o interior dos Estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, todo o Centro-Oeste, Triângulo Mineiro e sul da Região Norte. O petista teve mais votos na maior parte da Região Norte e no Nordeste.


A correlação entre o desempenho do agro e a gestão do atual governo, no entanto, não é direta. Há componentes anteriores que explicam a bonança do setor, diz Sergio Vale, da consultoria MB Associados. “Se pegarmos o crescimento dos Estados brasileiros ao longo das últimas quatro décadas, os que mais cresceram foram aqueles onde o agro tem maior peso”, diz. Para ele, o setor integrou-se mais do que outros à economia global. Segundo Felippe Serigati, da FGV Agro, o segmento também tem mais força política.


Fonte: Valor Econômico



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