19/11/2020

Presidente da Fenop propõe repensar continuidade da alfândega sob controle da RF

 Presidente da Fenop propõe repensar continuidade da alfândega sob controle da RF


O presidente da Federação Nacional das Operações Portuárias (Fenop), Sérgio Aquino, afirmou, durante o Painel 2020 - Pacto pela Infraestrutura Nacional e Eficiência Logística, promovido pelo Instituto Besc, nesta quarta-feira (18), que o país deveria repensar se a alfândega deve mesmo continuar sob o controle no Ministério da Economia e Receita Federal ou se deve passar para a área de comércio exterior do governo federal. Segundo ele, mundialmente a aduana não se conecta ao setor de arrecadação.

Ele entende que o país deva aproveitar o momento de mudanças ocorridas com aprovação da Lei n. 14.047/2020, que altera aspectos da chamada Lei dos Portos (Lei n. 12.815/13), para rediscutir que as plataformas logísticas externas aos portos possam ser direcionadas para uma gestão unificada sob responsabilidade do Ministério da Infraestrutura. De acordo com Aquino, é importante que as estruturas externas e internas – como as operacionais - ao porto tenham uma visão estratégica de infraestrutura, sendo assim geridas de forma integrada.

Aquino destacou o ganho que a nova legislação trouxe para o setor portuário, sobretudo por ter permitido à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) regulamentar outras formas de ocupação de áreas e atividades não previstas na Lei dos Portos. Essa abertura, segundo ele, possibilita a execução de atividades complementares no interior dos portos, como atividades industriais, por exemplo. Ele disse que porto teria a oportunidade fomentar outros negócios trazendo mais competitividade entre porto público e terminais privados.

“Isso permitirá ganho na atividade portuária, agregando valor e possibilitando que haja redução de custos, pois, realizando atividades industriais dentro dos portos reduz a mobilidade, por exemplo, além de gerar maior racionalidade na utilização nas instalações portuárias”, explicou Aquino. A visão de atração de negócios pode ser vista a partir da perspectiva de formação de cluster que, no Brasil, existem apenas em portos público como de Suape (PE), Pecém (CE), Sepetiba (RJ) e Açu (RJ).

Ele afirmou também que o modelo de gestão portuário no Brasil, que aplica apenas o conceito de LandLord Port, pois não há a devida autonomia, vem passando aos poucos por uma transição. No mundo, tal modelo evoluiu transformando-se em no que ele chamou LandLord Port Avançado. Neste, o gestor público portuário não se dedica apenas a administração, mas também a fomenta negócios, pensando nas atividades tanto de dentro quanto fora do porto organizado.

Fonte: Portos e Navios

Notícias Relacionadas
 Santos Brasil registra R$ 198,5 milhões de lucro líquido no 1º trimestre

15/05/2025

Santos Brasil registra R$ 198,5 milhões de lucro líquido no 1º trimestre

A Santos Brasil encerrou o 1T25 com lucro líquido de R$ 198,5 milhões, aumento de 34,3% YoY, com margem líquida de 22,5% (-0,4 p.p YoY). O EBITDA consolidado da Companhia somou R$ 496,0 (...)

Leia mais
 Transição energética na logística

15/05/2025

Transição energética na logística

Por Marcella Cunha, diretora executiva da ABOLA edição de 2025 da Intermodal South America, realizada em abril, trouxe à tona discussões essenciais para o futuro da l (...)

Leia mais
 Missão Internacional ABOL: Inovação e Eficiência na Logística Global

15/05/2025

Missão Internacional ABOL: Inovação e Eficiência na Logística Global

O mês de Abril na ABOL teve como destaque a realização da Missão Ásia para Dubai e Xangai, junto a executivos de empresas filiadas à associação. Durante uma semana, a comitiva pôde obser (...)

Leia mais

© 2025 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.