03/11/2020

Ocupação de galpões tem alta no trimestre e empresas buscam encurtar a "última milha"

 Ocupação de galpões tem alta no trimestre e empresas buscam encurtar a "última milha"


O mercado imobiliário corporativo de alto padrão no Rio e em São Paulo vive duas realidades distintas. Enquanto o prolongamento do home office vem afetando a ocupação dos escritórios, a demanda por galpões logísticos para atender o comércio eletrônico nunca esteve tão aquecida, com o Rio de Janeiro puxando a queda no volume de espaços vagos no terceiro trimestre. 

Segundo um levantamento da Newmark Knight Frank, a taxa de vacância no Rio ficou em 21,7% ao fim do trimestre, enquanto no segundo trimestre o indicador estava em 25,2%. Em São Paulo, mesmo com um aumento importante da oferta, com a entrega de mais 107 mil m2, a vacância fechou em queda de 0,7 ponto percentual e está em 17%. 

No acumulado do ano, o estoque de novas área para locação no Rio e em São Paulo aumentou em 6%, ainda segundo a Newmark. Foram 674 mil m2 adicionais (sendo 622 mil m2 em SP e 52 mil m2 no Rio), elevando para 11,3 milhões de m2 o estoque total. Destes 81% são em SP.

Considerado a meca dos galpões, Cajamar, a 40km do centro de São Paulo, concentra a maior parte dos novos condomínios logísticos. Mas a forte concorrência entre os grandes marketplaces como Mercado Livre, Magazine Luiza e Amazon tem movimentado a demanda por terrenos ainda mais próximos do centro da capital paulista. 

Segundo fontes, há empresas dispostas a pagar de R$ 30 a R$ 35 para instalar uma operação em uma localização estratégica dentro da cidade com potencial de reduzir o tempo de entrega para um dia ou até mesmo horas. (Em Cajamar, o metro quadrado sai por volta de R$ 20.)

Terrenos em bairros que antes eram disputados por incorporadoras para uso residencial, sobretudo para o programa Minha Casa Minha Vida, hoje estão na mira de fundos imobiliários e operadoras de condomínios logísticos.  

Na semana passada, o terreno de 1 milhão de m2 que por meio século abrigou a fábrica da Ford foi vendido para a Construtora São José e um grupo de investidores por R$ 565 milhões. Outro negócio que está próximo de ser fechado é a venda do terreno da fábrica Nadir Figueiredo, de 105 mil m2 próximo a Marginal Tietê.

Além de empresas de logística para atender a demanda do e-commerce, a construção civil também tem disputado espaços de armazenagem. O setor, um dos mais aquecidos nessa pandemia, passou a fazer estoques para se proteger da alta de preços de materiais e da escassez de alguns insumos.

No Rio, além do e-commerce, o varejo têxtil também tem demandado espaço nos galpões.



Fonte: O Globo

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