_Serviço vai integrar sistema da rede, que busca frequência de compra_
Com objetivo de reforçar o seu aplicativo e ampliar o seu sistema de serviços, o Magazine Luiza adquiriu a startup de delivery de comida AiQFome, com atuação em 350 cidades e R\$ 700 milhões em valor movimentado ao ano.
O Magazine passa a explorar o negócio de delivery para restaurantes com o intuito de gerar relevância e frequência para sua plataforma digital. A partir deste mês, o AiQFome começa um projeto piloto de entrega de pedidos ao consumidor em quatro cidades - até então, o aplicativo apenas conectava clientes e o ponto, que ficava responsável por levar a encomenda. Com isso, o Magazine passa a gerenciar esse novo negócio, disputado por grande grupos globais, como iFood e Uber Eats.
A AiQFome deve integrar o “superapp” (aplicativo com várias funções) do Magalu nos próximos meses, e a intenção é trazer o tráfego dos restaurantes para o “app” da varejista, aumentando a frequência de visitas, e por consequência, de potenciais compradores e parceiros do Magazine, diz Roberto Bellissimo, diretor executivo de finanças. Está mapeada a entrada em 1,6 mil cidades (são 350 hoje) nos próximos anos.
O Magazine também quer conectar os restaurantes aos seus serviços de logística (Magalu Entregas) e de pagamentos (Magalu Pagamentos), dentro da ideia de digitalizar o varejo. O Magazine cobra taxa pelo uso dos serviços.
O foco do AiQFome são cidades de 15 mil a 300 mil habitantes, mas a empresa estuda avançar no futuro para município mais populosos e capitais. Dessa maneira, disse o diretor, a empresa pode usar esse serviço de motoboys do AiQFome para envio de pedidos do Magazine. Cerca de 70% das cidades em que o AiQFome atua têm lojas do Magazine. São 20 milhões de pedidos do aplicativo ao ano e a empresa cresceu 264% em agosto.
Desde o ano passado, o Magazine tem como foco montar um ecossistema digital ligado a seu site e marketplace (operação de venda de outros lojistas). Esse sistema é formado por um braço logístico, financeiro e serviços em geral, que podem ser oferecidos aos lojistas.
Paralelamente, o Magazine tem comprado negócios que usam desse ecossistema para crescer (fez isso com Netshoes, Zattini e Época Cosméticos). A compra de ontem entra dentro dessa lógica.
Segundo Eduardo Terra, sócio-diretor da BTR Educação e Consultoria, há uma corrida de grandes empresas digitais no mundo para montarem maiores estruturas de serviços, mas nem todas devem sobreviver. “O cliente mantém em seu celular aplicativos de uso diário, que têm importância para ele. Pesquisas mostram que ‘apps’ de delivery são de uso recorrente, ninguém apaga. Então para a tese de crescimento do Magalu, de montar um ‘superapp’, faz todo o sentido ter esse negócio”, disse.
No Brasil, o Universo Americanas (B2W e Lojas Americanas), concorrente do Magalu, usa o serviço da Ame Flash, de entrega por motoboy, criado neste ano.
Tanto B2W quanto Magazine entram num negócio de “apps” como iFood e Uber Eats, que enfrentam críticas sobre nível de serviço e relação difícil com entregadores. “Há espaço para todos, e podemos oferecer um bom serviço para todo mundo, levando as boas prática que o Magalu já tem”, disse o diretor. O AiQFome tem cerca de 2 milhões de clientes cadastrados e 17 mil restaurantes parceiros.
Os três sócios do AiQFome se mantém na gestão, na sede, em Maringá (PR). O valor da compra não foi revelado.
Fonte: Valor Econômico
20/05/2025
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