02/01/2023

Indicado para a Petrobras, Prates diz que política de preços dos combustíveis será alterada

 Indicado para a Petrobras, Prates diz que política de preços dos combustíveis será alterada



Anunciado nesta sexta-feira como próximo presidente da Petrobras , o senador Jean Paul Prates (PT-RN) disse que a política de preços da Petrobras vai ser alterada, mas não vai traumatizar, nas suas palavras, o investidor. Atualmente, a política da Petrobras atrela o preço nacional ao valor do dólar e do barril de petróleo, o que é criticado pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.


"Vai ser alterada, mas não necessariamente para traumatizar investidor ou retorno dos investimentos. Vai ser alterada porque a política do país vai ser alterada. De novo, para ser claro. A Petrobras faz políticas para os clientes dela. É uma empresa. Faz política de preços de acordo com o contexto do país. A mudança na política de preço, as diretrizes, como se formata o preço nacional, vai ser dada pelo consórcio do governo. Ministério da Fazenda, Minas e Energia, Petrobras também, porque é uma das principais empresas, Conselho Nacional de Política Energética", disse Prates.


Prates já disse que a política de combustíveis é assunto de governo, o que atinge a todas as empresas, não só a Petrobras.


O futuro presidente da Petrobras afirmou ainda que, se houver movimento de preço nos próximos dias, será de redução.


"O viés para um preço de derivados do petróleo é de baixa. Então, se tivesse de acontecer algum movimento da Petrobras em janeiro seria para baixar o preço, e não para subir. Por quê? Porque o inverno europeu, no Hemisfério Norte, em geral, está declinando. Os contratos futuros já projetam um preço do petróleo para baixo, e não para cima, e você ainda teria uma queda do dólar", disse.


Ele disse que haverá uma "trégua" na cobrança de impostos sobre combustíveis. O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda não esclareceu como será a volta da tributação dos combustíveis. Os impostos federais foram zerados até o fim deste ano, pelo governo e pelo Congresso, em meio à escalada dos preços em junho de 2022 motivada, entre outros fatores, pela guerra na Ucrânia.


Para que a desoneração continue no próximo ano, é necessária a edição de uma medida provisória.


No início desta semana, contudo, Haddad pediu que o atual governo não prorrogue a desoneração. Ele disse que o governo eleito precisa de mais tempo para decidir se renova a desoneração, mas não citou argumentos para já retornar com a cobrança de imposto.


"A própria discussão da política de combustível também vai ganhar um trégua, provavelmente uma trégua de 30, 60 dias para segurar impostos e voltar com fato novo relevante", disse ele, sem esclarecer a que fato se refere e nem como essa trégua será feita.


Prates classificou a política de preços da Petrobras, chamada de PPI, de “abstração”.


"Quando a gente fala em extinguir o PPI ou parar de usar o PPI como referência, não é que a gente vai desgarrar o preço completamente do mercado internacional, não. O país não é louco, não vamos criar uma economia paralela no Brasil. Você não vai mais se abstrair que para atender 10 mil litros de diesel em Manaus seja a mesma coisa que atender 10 mil litros em Santos. É diferente.


Prates disse ainda estar totalmente tranquilo com a controversa em torno de seu nome por conta da Lei das Estatais. A legislação, replicada no Estatuto da Petrobras, proíbe a indicação para presidência, diretoria ou conselho “de pessoa que atuou, nos últimos 36 meses (três anos), como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral”.


"A lei não onera os candidatos, ela fala de trabalho remunerado em campanha. São três verbos: execução, coordenação e concepção. Isso não aconteceu nem com o ministro Mercadante [ Aloísio Mercadante, que será presidente do BNDES ] nem comigo. Isso não nos atinge. Nem o fato de ser candidato, nem ter trabalhado em campanha.


Na campanha, o senador buscou se afastar formalmente de cargos e não assumiu a coordenação dos processos. O PT entende que as contribuições intelectuais ao longo da campanha não caracterizam o impedimento da lei. Prates também foi candidato à prefeitura de Natal em 2020, quando acabou derrotado.


Fonte: Agência O Globo



Notícias Relacionadas
 Veículos autônomos devem movimentar US$ 45 bilhões no transporte de cargas até 2034

18/07/2025

Veículos autônomos devem movimentar US$ 45 bilhões no transporte de cargas até 2034

O uso de veículos autônomos no transporte de cargas deve ganhar escala nos próximos anos. Segundo a consultoria Precedence Research, o mercado global de entregas autônomas na etapa last (...)

Leia mais
 BBM aposta em ganhos de agregados para avançar crescimento, reduzindo custos

16/07/2025

BBM aposta em ganhos de agregados para avançar crescimento, reduzindo custos

A BBM Logística, um dos maiores operadores logísticos do Brasil, decidiu apostar na expansão do número de motoristas agregados, com aumento incentivado de seus ganhos, para ampliar prese (...)

Leia mais
 Entidade aciona Justiça para tirar privilégio dos Correios no governo Lula

15/07/2025

Entidade aciona Justiça para tirar privilégio dos Correios no governo Lula

A Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol) acionou a Justiça recentemente pedindo a suspensão de um decreto do presidente Lula, de 2024, que dá “preferência” à contratação d (...)

Leia mais

© 2025 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.