Mesmo com as dificuldades geopolíticas e logísticas que afetam o comércio mundial de fertilizantes, e com o forte aumento de preços dos nutrientes, o Brasil tem conseguido aumentar as importações.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia divulgados ontem mostram que as importações em abril já superaram 2 milhões de toneladas. O volume registrado até sexta-feira passada já é 10% maior que o desembarcado no país no mesmo mês de 2021 (1,8 milhão de toneladas).
Desde janeiro, já são quase 6,5 milhões de toneladas de fertilizantes químicos importados pelo país.
O valor das compras tem aumentado ainda mais. Em abril, já chegou a US$ 1,3 bilhão, 258% a mais que no mesmo mês do ano passado (US$ 527,9 milhões.
O preço por tonelada passou de US$ 280, em abril de 2021, para US$ 634,5 agora, um incremento de 126%. A média diária de embarques passou de 94,19 mil toneladas para 149 mil toneladas ao dia na mesma comparação.
O Ministério da Agricultura segue monitorando diariamente o fluxo de compra e a chegada dos fertilizantes, de olho nesse aumento de volumes e preocupado com a alta dos preços. Internamente, no entanto, a avaliação é positiva, ainda mais com a manutenção dos embarques de produtos russos, que ocorrem via São Petersburgo, no Mar Báltico, distante do conflito com a Ucrânia.
Ontem, o ministro da Agricultura, Marcos Montes, se reuniu em Brasília com Corrine Ricard, presidente da Mosaic Fertilizantes, um dos principais fornecedores de adubos ao Brasil. A executiva relatou o trabalho que tem sido feito pela companhia para “manter o abastecimento e disse que o país é um ”cliente preferencial”, segundo apurou o Valor.
Fonte: Valor Econômico