20/07/2022

Frete marítimo entre Ásia e Brasil volta a subir e preocupa indústria

 Frete marítimo entre Ásia e Brasil volta a subir e preocupa indústria



O custo do frete marítimo para a importação entre a Ásia e o Brasil, importante para o abastecimento de insumos para a indústria, voltou a encarecer em julho. O preço médio mensal ficou em US$ 10.550 por contêiner de 40 pés (com dimensões de cerca de 12 por 2,5 metros), alta de 30,2% ante a média de junho. O custo sobe desde maio, retomando os níveis do segundo semestre de 2021, auge da crise logística global iniciada na segunda metade 2020.


O preço médio deste mês é de 5,1 a 6,6 vezes maior do que o dos dois primeiros de 2020, antes da pandemia.O aumento recente, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), sugere que os gargalos logísticos globais podem levar ainda mais tempo para se dissolver. Para Matheus de Castro, especialista em infraestrutura da entidade, o valor de US$ 10 mil por contêiner pode ser o "novo normal" do custo da logística do comércio internacional - a CNI lançará nesta quarta, 20, um painel online para divulgar os preços mensalmente.


Os gargalos logísticos contribuem para o encarecimento e a escassez de componentes da indústria, como os semicondutores, atrapalhando a produção e encarecendo de geladeiras e fogões a automóveis. Diante da mais elevada inflação em 40 anos, o presidente dos EUA, Joe Biden, vem criticando a concentração de mercado entre grandes operadores marítimos - multinacionais europeias e chinesas, nenhuma americana.


Segundo o especialista da CNI, o pior já passou nos "lockdowns" na China, mas isso foi insuficiente para aliviar os gargalos logísticos globais. Em parte, na avaliação de Castro, por causa do congestionamento dos portos dos EUA.


O travamento dos terminais da Costa Oeste fez os operadores remanejarem parte dos fluxos para a Costa Leste, o que espalhou os congestionamentos, em vez de resolver o problema.Conforme Fábio Pavani, gerente da filial de São Paulo da Asia Shipping, especializada em logística do comércio exterior, além do encarecimento do combustível e dos gargalos globais, o custo do frete é pressionado pela demanda por importações em alta.


O consumo interno "segue em movimento", disse. E, ainda que perca algum fôlego, o travamento das cadeias globais da indústria, agravado pelos "lockdowns" na China, derrubou os estoques de insumos na indústria brasileira. "A demanda pelo transporte, seja marítimo, seja aéreo, aumentou", afirmou Pavani.


Fonte: Época Negócios



Notícias Relacionadas
 FedEx realiza sua 10 ª edição do Programa de Reciclagem de Uniformes com a produção de mais de 5 mil cobertores para doação

25/07/2025

FedEx realiza sua 10 ª edição do Programa de Reciclagem de Uniformes com a produção de mais de 5 mil cobertores para doação

Ao longo de uma década, a companhia já reutilizou 30 toneladas de tecidos, que foram transformados em mais de 37 mil cobertores para pessoas e animais, beneficiando 60 instituições n (...)

Leia mais
 DHL constrói centro de inovação neutro em carbono

24/07/2025

DHL constrói centro de inovação neutro em carbono

A DHL prepara-se para inaugurar um novo centro europeu de inovação: localizado em Colónia, na Alemanha, o Epic 2.0 distingue-se por ser um edifício neutro em carbono.O Global (...)

Leia mais
 Indústria aposta no biometano para substituir diesel no transporte

22/07/2025

Indústria aposta no biometano para substituir diesel no transporte

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) finaliza negociações para o primeiro contrato de renovação de frota de caminhões pelo Fundo Clima, que oferece financiament (...)

Leia mais

© 2025 ABOL - Associação Brasileira de Operadores Logísticos. CNPJ 17.298.060/0001-35

Desenvolvido por: KBR TEC

|

Comunicação: Conteúdo Empresarial

Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com os nossos Termos de Uso e Política de Privacidade e, ao continuar navegando neste site, você declara estar ciente dessas condições.